Estados Unidos realizam primeiro pouso na Lua em mais de 50 anos

Os Estados Unidos acabam de realizar o seu primeiro pouso na lua em mais de 50 anos. A missão acontece com o módulo Odysseus, apelidado de “Odie”, sem tripulação. A última alunissagem (chegada de uma espaçonave na superfície lunar) dos EUA ocorreu em 1972, com a missão Apollo 17. Naquela ocasião, a nave foi tripulada.

O objetivo de “Odie” é avaliar o ambiente lunar antes de uma possível missão tripulada à Lua pelo programa Artemis no final de 2026.

Um aparente problema com os sistemas de navegação do Odysseus forçou o módulo de pouso a depender de tecnologia experimental minutos antes do pouso.

“A Intuitive Machines tomou a decisão de reatribuir os sensores primários de navegação do Odysseus… para usar os sensores do Navigation Doppler Lidar da NASA”, informaram as equipes em transmissão ao vivo antes do pouso.

O Lidar é uma tecnologia experimental que visava testar como futuras sondas fariam pousos mais precisos na Lua.

O sensor “dispara feixes de laser para o solo e mede a velocidade da espaçonave e a direção do vôo”, disse Farzin Amzajerdian, principal investigador da carga útil lidar no Langley Research Center da Nasa, na Virgínia.

Apesar dos contratempos, que incluíram também falhas na comunicação do módulo com a Terra, as equipes de trabalho envolvidas no monitoramento anunciaram que a missão foi bem-sucedida.

Odie decolou no topo de um foguete SpaceX Falcon 9 na madrugada de 15 de fevereiro, do Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida.

Até o momento, somente China, Índia e Japão tinham feito pousos suaves na Lua neste século.

Viagem à Lua

Um foguete da SpaceX e da Nasa lançou Odie para a órbita da Terra, com capacidade de atingir velocidades de até 11 quilômetros por segundo, de acordo com a Intuitive Machines, a empresa sediada em Houston que desenvolveu a espaçonave Odie com a Nasa.

O caminho de Odie equivalia a “um arremesso de bola rápida de alta energia em direção à Lua”, como disse o CEO da Intuitive Machines, Stephen Altemus.

Depois de queimar seu combustível, o foguete se separou de Odie, deixando o módulo lunar voar sozinho pelo espaço.

Odie ficou, então, em um caminho oval ao redor da Terra, estendendo-se por até 380.000 quilômetros de casa.

E cerca de 18 horas após o início do voo espacial, o veículo ligou seu motor pela primeira vez, continuando a sua viagem acelerada em direção à superfície lunar.

O que Odie fará na Lua

A viagem de Odie à Lua pode ser considerada uma espécie de missão de reconhecimento, projetada para avaliar o ambiente lunar antes do plano atual da Nasa de retornar uma missão tripulada à Lua por meio do programa Artemis no final de 2026.

O polo sul da Lua é uma área de grande interesse no meio de uma nova corrida espacial internacional, já que se pensa que a região abriga reservas de água congelada.

O recurso poderia ser convertido em água potável para astronautas ou até mesmo em combustível de foguetes para missões de exploração espacial mais profundas.

A bordo do módulo lunar Odie estão seis cargas úteis de ciência e tecnologia da Nasa.

Eles incluem um sistema receptor de rádio que estudará o plasma lunar, criado pelos ventos solares e outras partículas carregadas que chovem na superfície lunar.

Outras cargas testarão tecnologia que poderá ser usada em futuras missões de pouso lunar, como um novo sensor que poderá ajudar a orientar pousos de precisão.

Por O Sul

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