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Entenda a interrupção cibernética que afetou o mundo nesta sexta

A ferramenta chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hackers, teve um problema na sua atualização.

O apagão cibernético global registrado nesta sexta-feira (19) foi provocado por uma falha em um dos sistemas de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike. O incidente causou transtornos em diversos países, como paralisação de voos e problemas em serviços bancários e de comunicação.

A empresa informou que a ferramenta chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hackers, teve um problema na sua atualização (update). Um dos clientes impactados pela falha foi a Microsoft, que teve todos os seus serviços interrompidos.

Usuários em todo o mundo relataram nas redes sociais que, ao ligar o computador, o sistema Windows travou, exibindo “tela azul da morte”. Isso se deu porque a Microsoft tem um software de computação em nuvem chamado Azure, que usa a ferramenta Falcon. A dona do Windows afirmou, por volta das 8h10min (horário de Brasília) desta sexta, que a falha já havia sido resolvida, mas que problemas residuais ainda poderiam ocorrer.

Os aplicativos Teams, PowerBI e Fabric, por exemplo, apresentaram instabilidade. Ao longo da manhã desta sexta, a Microsoft informou que os seguintes serviços afetados já haviam voltado a operar: Microsoft Defender; Microsoft Defender para Endpoint; Microsoft Intune;Microsoft OneNote;OneDrive;SharePoint Online;Windows 365 e Viva Engage.

“Os clientes que continuarem tendo problemas devem entrar em contato com a CrowdStrike para obter assistência adicional”, afirmou a Microsoft em nota.

O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, declarou que o problema na atualização foi identificado e isolado e que uma correção foi instalada.

Para o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin, essa situação destaca a importância de processos rigorosos de testes e validação em atualizações de software, especialmente em produtos de segurança cibernética com amplo uso global.

“Faltou implementar testes exaustivos em ambientes de pré-produção que simulem cenários reais antes de liberar atualizações, garantindo que novas atualizações não causem regressões, testando todas as funcionalidades existentes”, explicou.

No Brasil, o apagão cibernético provocou problemas em aplicativos de bancos e em computadores.

 

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