Emater reforça atividade com mandioca na região do Alto Uruguai

Devido a boa repercussão e a manifestação e uma série de leitores acerca da distribuição de novos cultivares de mandioca, em especial da de cor alaranjada, a Emater/RS-Ascar, através do Escritório Regional de Erechim, reforçou a atividade com repasse de ramas para os produtores. São oito cultivares, sendo quatro selecionadas da Epagri (Guapo, Sempre Pronto Uirapuru e Ajuba), uma da Embrapa (BR 396) e três cultivares bastante difundidas entre os agricultores da região.

Uma das coleções foi entrega à Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI, Campus de Erechim) para ser utilizada na área de pesquisa e outra para uma agroindústria de São João da Urtiga. De acordo com o engenheiro agrônomo e extensionista do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Carlos Alberto Angonese, essas cultivares se adaptaram bem na região do Alto Uruguai. “A distribuição de coleções, visa avaliar qual material tem uma adaptação melhor a cada condição de clima e solo dos diferentes municípios da região, possibilitando ao agricultor escolher a que pretende plantar”, explica.

A cultivar BR 396, por exemplo, de acordo com Angonese, tem polpa amarela com alto teor de betacaroteno (precursor da vitamina A), ela possui 17 vezes mais carotenoides totais que cultivares brancas e quase o dobro das demais cultivares de polpa amarela. Angonese destaca ainda que a pesquisa realizada pela Embrapa com esta cultivar alcança produtividade de até 50 toneladas por hectare, ou seja, mais de três vezes a produtividade média nacional.

As novos cultivares da Embrapa e Epagri deverão chegar a quase toda a região de abrangência do Escritório Regional da Emater de Erechim, abrangendo os 32 municípios da Associação dos Municípios do Alto Uruguai (Amau). Até o momento mais de 20 municípios receberam estes materiais, que deverão ser multiplicados e distribuídos no próximo ano.

O trabalho de fomento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), visa disponibilizar ao agricultor familiar novas tecnologias produzidas pela pesquisa, reavaliando práticas de cultivo no sentido de melhorar a produtividade, a renda familiar e a qualidade da alimentação dos agricultores familiares.

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