Em entrevista, pré-candidato a Deputado Federal pela região, Jackson Arpini, elenca motivos que impulsionaram a decisão de concorrer

“Nos últimos anos me especializei em projetos para buscar recursos nos Governos do Estado e Federal... Estamos falando de mais de R$ 8 milhões em investimentos acontecendo aqui”

O Ex-diretor do Hospital Santa Terezinha, Jackson Arpini usou as redes sociais na última semana para anunciar oficialmente a sua pré-candidatura a Deputado Federal pela região. Arpini já havia confirmado a informação em entrevista na imprensa, mas dessa vez o anúncio foi postado nas contas oficiais do cirurgião dentista.

Jackson acumula passagens por importantes entidades na área da saúde, além de uma longa carreira pública comofuncionário concursado no município de Erechim, também na área da saúde e planejamento. Ele começou a ganhar destaque com seu trabalho no setor desde as campanhas de saúde bucal, combate as drogas e valorização da vida.

Mas o impulso veio quando assumiu o Banco de Sangue de Erechim na condição de Administrador Judicial, num momento que a entidade atravessava profundas dificuldades financeiras e técnicas. Ali soube aglutinar, buscar parcerias e iniciar um novo ciclo para o Banco de Sangue. Ganhou espaço depois como secretário municipal de saúde e, no Governo do atual Prefeito de Erechim,Paulo Polis, recebeu a missão de dirigir a Fundação Hospitalar Santa Terezinha.

Nessa função conquistou o respeito de prefeitos da região, usuários, médicos e colaboradores. Liderou na região, o maior desafio em saúde que a sociedade vive desde 2020,que foi o Comitê de Combate ao Covid, colocando o Alto Uruguai como a região que menos vidas perdeu. Nesse meio tempo conquistou a confiança do então Governador Eduardo Leite, onde garantiu investimentos no Hospital de mais de R$ 8 milhões.

A seguir, uma entrevista que Jackson concedeu à sua assessoria de comunicação sobre esse novo momento de sua carreira:

Depois de muitos anos de especulações Jackson Arpini decidiu que vai concorrer então? Como foi essa decisão?

Jackson Arpini – Acredito que todas as coisas tem um tempo certo para acontecer. Hoje estou pré-candidato a Deputado Federal, isso vem sendo construído ao longo dos últimos anos, mas o impulso veio após amplo diálogo com lideranças locais, regionais e estaduais, e através de várias reuniões com então Governador Eduardo Leite. Criamos uma boa relação através dos vários projetos que protocolamos durante sua gestão e tivemos êxito, afinal estamos falando de cerca de R$ 8 milhões que estão sendo destinados à nossa saúde regional, para obras estratégicas. Dali nasceu um caminho natural para esta decisão, em especial, após o tempo que fiquei frente ao nosso ‘Santa’ e pude constatar a necessidade de um representante federal. Senti na pele que estamos perdendo tempo, quando não temos, voz, vez e voto. Construí essa importante decisão também com minha família e alguns conselheiros, sabe?Aqueles amigos que sempre ouço nos momentos mais difíceis. E, claro, a região fala há muitos anos, ‘temos que ter um deputado federal, estamos perdendo R$ 64 milhões em emendas que poderiam ser destinadas para a região a cada mandato”.

O que a região ganharia em ter Jackson Arpini como Deputado Federal? 

Arpini – É engraçado, mas as pessoas talvez não percebem que os rumos do Brasil passam na maioria das vezes pelo Congresso Nacional, pela Câmara e pelo Senado. Estamos deixando escapar oportunidades a partir do momento em que não elegemos um deputado federal e a história diz isso através de exemplos concretos. Quem vai defender os nossos interesses regionais? Quem vai levantar a mão e a voz pela nossa região?

Vivenciamos momentos em que perdemos recursos expressivos pela falta de representantes. Quando apresentamos na Bancada Gaúcha o nosso intento de captar recursos para ampliar o Santa Terezinha, após ter a honra de defender nos microfones da bancada a nossa demanda para todos os deputados e senadores, quantos ficaram do nosso lado? E nós estávamos numa comitiva de prefeitos e secretários de saúde, portanto com testemunhas.

A situação longínqua da BR 153 não é diferente. Quem vai erguer o braço ou a voz para pleitear parte dos recursos volumosos da Bancada Gaúcha para a nossa rodovia. E vamos novamente nos valer dos exemplos. Para concluir e duplicar a BR 116 foi criada a frente parlamentar em defesa da BR 116, numa ação de vários parlamentares – ela está saindo do papel, é claro.

Não podemos retirar deste contexto as regras que estão postas e aqui falamos das emendas parlamentares. Cada representante federal tem ao seu dispor em torno de 16 milhões por ano, sendo 64 milhões do período de 4 anos. Quanto vem para nós? E as emendas de relatoria? As emendas não efetivadas, que são relocadas? Estamos falando de recursos expressivos para a nossa região. Deixamos escapar nos últimos cinco mandatos em torno de 320 milhões de reais.

Sem contar no encurtamento de distâncias entre a s regiões e o poder decisório, onde estão os recursos fruto da arrecadação de impostos. A apresentação de projetos regionais diretamente aos ministérios, departamentos e setores. Com a eleição passaremos a ter um escritório em Brasília, fato que ocorre com outras regiões que acreditarem – e muitas menores que a nossa.

Temos fóruns importantes de escuta, como a AMAU, que defende os interesses regionais, AMUNOR e ANZOP, regiões vizinhas.  Temos o CODER, que elaborou um importante trabalho sob duas óticas, 2024 e 2040, ouvindo vários setores da sociedade e que aponta caminhos que podem ser defendidos em Brasília. Enfim, será a região entes e depois de um parlamentar, tamanho são os dividendos de uma conquista desta natureza.

Mas como fazer a região se conscientizar dessa importância, se toda eleição é a mesma coisa, vem os candidatos de fora e levam o voto?

Arpini – Não é uma tarefa fácil, eu tenho certeza disso, mas façamos uma reflexão aqui: em quem você votou na última eleição para Deputado Federal? É difícil lembrar né? Imagine para a grande maioria da população que está cada vez mais insatisfeita com os políticos. Muitos por vezes votam em qualquer um por acreditarem que nada vai mudar e é aí que as coisas de fato pioram. Pensa comigo: como um deputado entra na Câmara? Pelo voto né? Quem botou ele lá? O povo né? Se você tem a opção de votar, porque você não escolhe alguém próximo, que você pelo menos, pode cobrar pessoalmente? Agora se o deputado é lá da região da fronteira, da região metropolitana, sabe quando ele vai vir aqui depois de eleito? Sabe quando ele vai mandar recursos para cá? É esse o raciocínio que a gente tem que fazer. Faz tempo que estamos esquecidos, mas reforço: isso só acontece pelo fato de eleitores daqui votarem em candidatos de fora. Nós temos votos suficientes para eleger pelo menos um deputado federal. A escolha passa pelas nossas mãos – e o futuro também. Mas claro, falo isso de maneira muito respeitosa, o voto é secreto e cada um sabe o que é melhor para si e sua família.

Mas você não está sozinho nessa corrida na região, tem outros pré-candidatos, até mesmo com um discurso similar de voto regional, isso não prejudica a sua campanha? Os partidos não deverem se unir e lançar um nome apenas?

Arpini – Na teoria seria lindo termos apenas um nome como candidato a Deputado Federal pela região, mas na prática isso não acontece. Como dizer para cada um, “olha você não tem chance é melhor ir só o fulano”. Imagine a confusão, então, em termos práticos, isso não acontece. Mas perceba que é salutar ao mesmo tempo, afinal isso é democracia. Os eleitores tem a chance de escolher dentre os nomes postados na região, aquele que acredita ter os melhores argumentos. Eu respeito isso, mas creio que tenho uma caminhada de alguns anos, especialmente em prol da saúde e isso pode ser um bom argumento para defendermos no mandato na Câmara dos Deputados. Nos últimos anos me especializei em desenvolver projetos para captar recursos, mas  também apresentar projetos em várias áreas,  como a cedência do programa HemovidaWeb, acolhendo um pleito que apesentamos ao Ministério da Saúde, Setor de Sangue e Hemoderivados. A conquista da tão sonhada ‘Filantropia” do Banco de Sangue, que buscamos numa ação coletiva junto ao Departamento de Certificação de Entidades Beneficente de Assistência social (DCEBAS), do Ministério da Saúde. A conquista do Curso de Medicina, num trabalho político e técnico exemplar que resultou na seleção de Erechim, juntamente com mais 39 município, do universo de todos os municípios do país. Teríamos tantos outros exemplos concretos que atuamos, sempre de forma coletiva, com outros atores.

Recentemente apresentamos projetos na ordem de mais de R$ 8 milhões em investimentos para o nosso ‘Santa’, para equipamentos defasados e obras estratégicas. Em última análise, acredito que precisamos de um parlamentar assim, que saiba como buscar recursos para a região, não apenas com interlocução política, mas também com argumento técnico, com bons projetos que passam por metodologia apropriada, para que sejam exitosos. Não é só pedir, porque se fosse assim, todos seriam contemplados. Assim tenho atuado nos últimos anos: unir estudo técnico com interlocução política. Nesse ponto acredito que tenho um diferencial.

Na minha carreira como executor de projetos tive a oportunidade de estar em audiências com oito Ministros de Estado, fazendo a defesa veemente dos projetos no qual acreditamos.  E muitos, quase todos, foram aprovados.

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