
Edelvânia Wirganovicz, condenada pela morte do menino Bernardo, é encontrada morta na cadeia, em Porto Alegre
Óbito foi confirmado pela Polícia Penal. Ela retornou ao regime semiaberto em 2025 após dois anos em prisão domiciliar
Condenada pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, em abril de 2014, Edelvânia Wirganovicz, 51 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (22), dentro do Instituto Penal Feminino de Porto Alegre.
O óbito foi confirmado pela Polícia Penal. De acordo com a nota divulgada, os indícios apontam para que a “própria apenada tenha cometido o ato”. Ela retornou ao regime semiaberto em 2025 após dois anos em prisão domiciliar.
A Polícia Penal e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) foram acionados. A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário também acompanha a apuração do caso.
Edelvânia foi condenada a 22 anos e 10 meses de prisão pela morte do menino Bernardo em março de 2019. O crime aconteceu em abril de 2014, no município de Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul.
Em maio de 2022, Edelvânia Wirganovicz foi para o regime semiaberto. Em 2023, uma decisão do juízo da 2ª Vara de Execuções Criminais da comarca de Porto Alegre determinou que Edelvânia cumprisse pena em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônicaem razão da falta de vagas no sistema prisional.
No entanto, em 25 de fevereiro de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) revogou a prisão domiciliar e determinou o retorno dela ao semiaberto. A decisão do ministro Cristiano Zanin atendeu uma reclamação da Procuradoria de Recursos do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Segundo o MP, Edelvânia não poderia receber o benefício de regime domiliciar porque teria 50% de pena pendente para cumprimento.
Procurado, Jean Severo, advogado de defesa Edelvânia Wirganovicz, não se manifestou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.
Madrasta de Bernardo é autorizada a ir para regime semiaberto
Na última quinta-feira (17), a Justiça determinou que a madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, irá para regime semiaberto. A decisão foi anunciada pelo juiz Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior, do 1º Juizado da 2ª Vara de Execuções Criminais (VEC) da Comarca de Porto Alegre.
Ela foi condenada em 2019 por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. Atualmente, ela cumpre pena no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre.
Por GZH