Destinação de recursos ao Santa Terezinha reacende debate sobre participação dos demais municípios

Foi aprovado pela Câmara de Vereadores de Erechim na sessão plenária desta segunda-feira, 11, dois projetos do Executivo que previam a destinação de recursos a Fundação Hospitalar Santa Terezinha. A votação reascendeu o debate sobre a necessidade de uma maior participação dos municípios da AMAU na destinação de recursos ao nosocômio.

Em entrevista ao vivo à Rádio Cultura a vereadora Ana Oliveira (MDB) afirmou que é preciso aprimorar e promover o debate sobre a participação dos municípios no que tange ao envio de recursos ao hospital.  “Temos uma assessoria jurídica extremamente competente e temos aqui um conjunto de vereadores que estão obstinados em buscar uma solução. Estamos aqui a disposição da gestão do hospital Santa Terezinha e do prefeito municipal para fazermos esse debate e com isso sim, nós vamos  amenizar e muito as questões financeiras do hospital. Também lutamos para que haja essa participação da AMAU para que o nosso hospital promova uma melhor saúde para os nossos munícipes”, disse.

Demora no atendimento

O vereador Araújo (PTB) que também falou a Rádio Cultura afirmou que o município de Erechim está pagando um alto preço por ser o Hospital Santa Terezinha um Hospital Regional que atende a diversos municípios. “A população daqui fica como segunda opção para ser atendida porque os prefeitos do interior dão uma força para as pessoas chegarem até uma consulta, depois da consulta para fazer os  exames e ir até a cirurgia e aqui demora mais”. Araújo considerou fundamental chamar os demais municípios para uma discussão mais ampla sobre os atendimentos na Fundação.

Ambulancioterapia

O vereador André Jucoski criticou a destinação de emendas parlamentares para a compra de ambulâncias aos hospitais do interior. “Boa parte das emendas vão para ambulâncias dos municípios do interior e a gente acaba tendo muito fluxo no hospital Santa Terezinha. Tem gente morrendo com isso”, disse.

Para André os deputados precisam rever a forma como é feita a distribuição de recursos.  “No meu entendimento tem que mudar essa estrutura, porém isso é uma coisa que eu não sei se vou viver para ver acontecer,  mas precisamos novos critérios e mais responsabilidade dos nossos legisladores para melhorar a vida das pessoas e não aprisionar os agentes políticos do interior para que capitalizem votos de quatro em quatro anos”.

100% SUS

O líder do Governo na Câmara de Vereadores, Fifo Parenti (MDB), teceu severas críticas ao contrato firmado entre o governo do Estado e o Santa Terezinha na gestão do PT. “Lá em 2014 quando foi assinado contrato de 100% SUS diziam que era a solução para todos os problemas e na verdade não foi. A partir dali tivemos o inicio de muitos problemas, pois os convênios com os municípios do interior acabaram e após isso o governo estadual, que na época era gerenciado pelo PT, acabou não repassando os valores combinados através da tabela SUS ao hospital Santa Terezinha”, concluiu.

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