Desmatamento na Amazônia já é o maior dos últimos dez anos

O ano mal chegou à metade e o desmatamento registrado pelo o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) na Amazônia já é o maior dos últimos dez anos. No mês de Julho de 2019 foi desmatada uma área de floresta equivalente à soma das capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Em 7 meses de governo, a

Amazônia brasileira já perdeu cerca de 43% a mais do que a média dos últimos dez anos.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) não concorda com as práticas que devastam a floresta e os animais, que ganharam visibilidade com a intensificação dos incêndios após fazendeiros e madeireiros terem convocado o “Dia do Fogo”, que, de forma orquestrada, queimou grandes áreas no dia 10 de agosto. A ação foi marcada via whatsapp por mais de 70 ruralistas da região de Altamira (PA). O objetivo foi mostrar ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) que eles apoiam seus planos de afrouxar a fiscalização realizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

Dois dias antes, o Ministério Público Federal do Pará enviou um alerta “urgente” ao IBAMA pedindo reforço na fiscalização, o qual foi respondido dias depois. O IBAMA, por sua vez, não aumentou a fiscalização e pediu reforço de segurança, no combate aos incêndios, à Força Nacional, sob o comando do Ministério da Justiça de Sergio Moro, que ignorou o pedido.
Nos últimos meses, a gestão Bolsonaro abriu mão de receber cerca de 280 milhões de reais mensais do Fundo Amazônia – para fiscalização ambiental. O governo também decidiu reduzir a fiscalização realizada pelos agentes do Ibama e do ICMBIO. Em abril, em discurso em uma feira agropecuária em Ribeirão Preto (SP), Bolsonaro disse que pretendia fazer “um limpa” nos dois órgãos responsáveis pela fiscalização e preservação ambiental.
Os fazendeiros e madeireiros ligados ao agronegócio, que ateiam fogo na floresta, reivindicam o fim da legislação e fiscalização ambiental e querem a ampliação da derrubada da floresta, para uso em pastagens para criação de gado, plantio de soja, o uso de madeiras para serrarias, áreas para mineração em reservas e parques de preservação, e a revisão das demarcações de terras de povos originários. Também têm se intensificado as ameaças e ataques aos defensores dos direitos humanos, como as militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Nicinha e Dilma Ferreira, assassinadas em 2015 e 2019.
Neste dia 05 de setembro, o MAB convoca nacionalmente toda a população brasileira a se manifestar em defesa de nossa floresta, no Dia de Luta Pela Amazônia.

DEFENDER A AMAZÔNIA É DEFENDER A VIDA!
MAB-RS

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