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Crise climática é tema do XIX Fórum de Meio Ambiente da Juventude

A URI Erechim sediou, na terça-feira, 06, o XIX Fórum de Meio Ambiente da Juventude do Alto Uruguai Gaúcho, que tratou sobre a juventude no enfrentamento à crise climática. As mudanças climáticas são um fenômeno comprovado pela ciência, ou seja, existem, são emergenciais e irreversíveis para a atual geração. Trata-se de um fenômeno complexo, multidisciplinar e abrangente e, de uma forma ou de outra, em maior ou menor escala, suas consequências afetarão a todos, em todos os lugares. E o cenário climático atual exige a adoção de novas escolhas no estilo de vida da sociedade, mudanças de atitudes individuais e coletivas na relação com o meio natural, rupturas paradigmáticas, mudanças de valores no uso e na apropriação dos recursos e fontes energéticas e na experimentação de diferentes alternativas de postura em relação a manutenção da vida na Terra.

O Fórum, destinado aos jovens de 14 a 24 anos, foi liderado pelo Laboratório de Educação Ambiental da URI, em parceria com a 15ª Coordenadoria Regional de Educação, Conselho Municipal de Proteção Ambiental de Erechim (COMPAM), Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Erechim e Coletivo do Alto Uruguai Gaúcho.

Segundo Hueliton Magnanti, bolsista do Laboratório de Educação Ambiental, o tema deste Fórum foi definido ainda em 2022. No início deste ano letivo, um coletivo constituído por 135 jovens e 90 professores da Educação Básica dos municípios da área de abrangência da 15ª CRE, juntamente com a equipe da URI, iniciaram um movimento de mobilização e preparação ao Fórum, denominado de Pré-Fórum.

Francieli Alves da Silva, também do Laboratório de Educação Ambiental, explica que durante o Pré-Fórum o tema foi objeto de estudo nas escolas, por diferentes áreas do conhecimento. E a partir daí, os jovens das escolas do Alto Uruguai Gaúcho estiveram envolvidos na organização de minicursos, mesas redondas e rodas de conversa para o dia do Fórum. Também foram realizados os Fóruns Escolares, envolvendo os integrantes das comunidades escolares.

No dia 6 de junho, 1.285 jovens, representantes dos municípios da Região, juntamente com professores das escolas, estiveram reunidos para aprofundar seus saberes sobre o tema, por meio da participação em conferências, 32 minicursos e 6 mesas redondas, organizadas por jovens do ensino médio, com apoio de jovens universitários de diferentes cursos de graduação.

Pesquisador Rafael Damasceno, do CEMADEN, de São Paulo, também foi conferencista

O evento contou com a participação, como conferencistas, da professora e pesquisadora Carina Petsch, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e do pesquisador Rafael Damasceno, do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), de São José dos Campos, São Paulo.

Professora Carina Petsch, da UFSM foi uma das palestrantes

Carina Pestch falou sobre as consequências das mudanças climáticas e Rafael Damasceno destacou as contribuições de pesquisas colaborativas para a prevenção de desastres socioambientais.

Laura Alves de Carvalho, bolsista do Laboratório de Educação Ambiental, ressalta que também houveram espaços de trocas de experiências em 29 rodas de conversa lideradas por jovens. No final do evento, foram definidas ações estratégicas a serem implementadas pela juventude, por meio de projetos, nos municípios do Alto Uruguai Gaúcho, no 2º semestre deste ano, numa etapa denominada de Pós-Fórum. Acrescenta que a partir do mês de junho, as escolas estarão elaborando e implementando projetos de intervenção com vistas ao enfrentamento à crise climática.

A Comissão Organizadora enaltece a parceria com as escolas da região, o apoio dos estudantes dos Cursos de Ciências Biológicas, Pedagogia e do Mestrado em Ecologia da URI na organização e realização do Fórum. Também ressaltam a contribuição de entidades e que patrocinaram a realização do Evento, como a Prefeitura Municipal de Erechim, Sicredi, Consórcio Itá, Cavaletti Cadeiras Profissionais, Futura Agrícola e Semestes Estrela.

A Coordenadora do Fórum, professora Sônia Balvedi Zakrzevski, ressalta que o Fórum da Juventude, ao longo dos anos, vem se constituindo como um espaço de estudo e reflexão sobre temas socioambientais de importância local e global, se constituindo num processo de formação, e não apenas um evento, contribuindo para mobilizar os jovens que habitam o território, para pensar e agir, ou seja, para conhecer os problemas existentes no território, investigar sobre esses temas e desenvolver projetos de intervenção, com a intenção de contribuir na construção de territórios sustentáveis.

Por assessoria de comunicação

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