Os membros do Comitê de Combate à Informalidade no Comércio se reuniram no dia 31 de outubro, para mais uma reunião técnica. Sob o comando do coordenador do Comitê do Alto Uruguai, Francisco José Franceschi, foram discutidas as ações setoriais para o ano de 2018, a regulamentação do comércio ambulante no Alto Uruguai e assuntos gerais.
Na oportunidade foi apresentada a Cartilha de Educação “Comércio Informal: que bicho é esse?”, produzida pela Fecomércio/RS em parceria com o Procon/RS, que ilustra, de forma simples e lúdica, inúmeras situações que podem ser provocadas pelos principais produtos falsificados disponíveis no mercado informal. Ela será distribuída em escolas de ensino fundamental da rede pública e privada.
A Fecomércio e o Sindilojas Alto Uruguai possuem extrema preocupação com o comércio informal e suas consequências, pois a comercialização de produtos falsificados, pirateados ou contrabandeados, afeta o mercado de trabalho e prejudica a economia como um todo, uma vez que há comprometimento do comércio e da indústria. “Ainda há impactos negativos para o governo, pois não há a arrecadação de impostos, e também prejuízos para os próprios consumidores, que compram produtos sem garantia de procedência, de baixa qualidade, e com riscos inclusive à sua saúde”, afirma o presidente do Sindilojas Alto Uruguai, Francisco José Franceschi.
Segundo ele, o público alvo da Cartilha são as crianças, porque formar consumidores conscientes de seus direitos e deveres desde a infância é tarefa fundamental para o exercício da cidadania.
Números do mercado informal
A economia informal é a segunda maior do planeta, superando inclusive a economia chinesa. Em 2016, no Brasil, esse mercado movimentou cerca de R$ 983 bilhões, o equivalente a 16,3% do PIB brasileiro. Para base de comparação, toda a indústria automobilística, incluindo carros, motocicletas, caminhões e ônibus fabricados no país, somam menos da metade disso, representando 8% do PIB. No Rio Grande do Sul, o valor ultrapassou os R$ 52 bilhões.
Segundo a Fecomércio/RS, entre as dez mercadorias mais contrabandeadas, vendidas no comércio informal, estão os eletrônicos e equipamentos de informática; produtos de vestuário; perfumes; relógios; brinquedos; óculos; e até medicamentos. O campeão de vendas é o cigarro, representando uma fatia de 67,44% do mercado. E com ele um dado assustador: é o principal garantidor de capital de giro das maiores facções criminosas do estado.