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Cirurgia robótica completa um ano no Hospital São Vicente de Paulo

Neste período, quase 150 procedimentos foram realizados com sucesso em Passo Fundo

O Hospital São Vicente de Paulo Fundo completa, nesta sexta-feira (26), um ano da implantação da cirurgia robótica. Neste período 131 procedimentos ortopédicos foram feitos com o auxílio do robô CORI de segunda geração e, mais recentemente, 16 com apoio do Versius. O uso da tecnologia representa um marco para a saúde ao oferecer maior precisão, qualidade e resultados mais efetivos aos pacientes.

A primeira intervenção robótica foi realizada em 26 de maio de 2022 pelos cirurgiões André Kuhn e Osmar Valadão Lopes Júnior, integrantes do Serviço de Joelho do HSVP e da Clínica IOT. Até agora, foram 131 procedimentos ortopédicos, tendo como predominante o público dos 46 aos 87 anos, com diagnósticos de sequelas pós-traumáticas ou artrose degenerativa. O resultado é considerado extremamente positivo e foi reconhecido na Inglaterra pela fabricante do robô.

Recebi da empresa Smith & Nephew uma placa que enaltece a minha performance individual como sendo o profissional que, em menor período de tempo, realizou o maior número de cirurgias com o equipamento na América Latina. Essa conquista foi possível graças ao suporte do Hospital e de toda a equipe que está interessada em acompanhar a evolução e o futuro da medicina”, disse o Dr. Kuhn.

Vislumbrando avanços em outras áreas, em março de 2023, o HSVP anunciou a chegada de um segundo robô, chamado Versius. O equipamento da empresa britânica CMR Surgical foi adquirido para auxiliar os profissionais da ginecologia/pélvica, coloproctologia, urologia, cirurgia torácica, oncológica e geral. A estreia dele aconteceu um mês depois, durante uma colectomia em 19 de abril, mas em pouco tempo já foram 16 cirurgias. O cirurgião Milton Bergamo, que também preside o Comitê de Robótica do HSVP, lembra que somos a única instituição do interior do Estado a contar com dois robôs cirúrgicos.

Com 20 anos de evolução da tecnologia robótica no mundo, apenas 1% das cirurgias são realizadas desta forma na América Latina enquanto que nos Estados Unidos já somam 19%. Temos um potencial enorme de crescimento e o HSVP está de parabéns por ter investido primeiro em duas plataformas robóticas”, afirmou o Dr. Bergamo.

TECNOLOGIA E HUMANIZAÇÃO 

A cirurgia robótica é uma operação feita com a assistência de um robô, por isso em nenhum momento o equipamento opera sozinho. Todas as manobras, executadas por ele em sala cirúrgica, são dirigidas por um cirurgião.

O diretor técnico médico do HSVP, Adroaldo Mallmann, explica como funciona o equipamento: “é o humano que comanda o processo do início ao fim junto à sua plataforma. Ao invés do médico estar com a mão na pinça, é o robô quem faz os movimentos durante a cirurgia. Isso é extraordinário porque a máquina não treme, é mais lenta e precisa. Para os pacientes os resultados são ainda mais evidentes, já que o tempo de internação e a recuperação reduzem bastante. Com o Versius, por exemplo, uma alta médica que levaria em torno de uma semana, agora, acontece em dois ou três dias”, esclareceu o Dr. Mallmann.

O presidente do HSVP, José Miguel Rodrigues da Silva, reforça que a Instituição também dispõe do melhor suporte aos pacientes de cirurgia robótica.

“O trabalho de recuperação é multiprofissional, conta com uma equipe de enfermagem bem treinada, ótimos médicos e fisioterapeutas. Não basta oferecermos a melhor cirurgia, nós também prezamos por atendimento humanizado, cuidados clínicos eficientes e uma recuperação tranquila. Já realizamos quase 150 procedimentos, todos exitosos, colocando Passo Fundo e o Hospital São Vicente de Paulo na vanguarda das inovações na área cirúrgica. Avançamos muito e agora comemoramos um ano de cirurgia robótica, é um caminho sem volta e temos muito ainda a conquistar com a ajuda da tecnologia e a disposição do nosso corpo clínico e dos colaboradores”, finalizou José Miguel.

OS ROBÔS DO HSVP

O robô CORI foi a primeira aquisição do Hospital para ser utilizado em cirurgias artroplastia total de joelho e futuramente em procedimento de quadril. Com o uso de uma câmera fixada na articulação e de sensores no joelho, o equipamento robótico de segunda geração transmite em um monitor a tomada exata de medidas da área a ser operada guiando o trabalho médico. A redução da agressão cirúrgica e, consequentemente, do sangramento, são dois grandes benefícios observados com o uso deste equipamento.

Já o Versius é a última plataforma a entrar em operação clínica no mundo, sendo o robô do HSVP o mais moderno da região norte do Estado e um dos oito exemplares existentes no Brasil. Por ter uma estrutura compacta e móvel, ele atende as particularidades de diferentes especialidades, permitindo que a sua tecnologia seja acessada por um número maior de pessoas. Hoje, este equipamento realiza cirurgias na região do abdome com técnicas minimamente invasivas, redução de riscos de infecções e um pós-operatório mais rápido.

Fonte: Rádio Uirapuru

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