Castelinho em pauta na capital do Estado
Tendo em vista a situação atual do Castelinho e a urgência em elaborar ações de recuperação do prédio e, em vista das Ações Civis do Ministério Público e os recentes embargos das obras previstas, foi retomado o contato com o IPHAE-RS após dois anos, para deixá-los cientes dos entraves que impediram o andamento das obras, bem como para apresentar o plano de ações deste departamento de cultura, turismo e de patrimônio histórico para a retomada dos projetos e das obras conforme metodologia prevista e legislações pertinentes, permitindo assim o acesso a financiamentos por leis de incentivo.
Como o IPHAE-RS é o órgão responsável por todas as aprovações referentes ao Castelinho, cabe a eles também estabelecer os novos parâmetros e prazos para que o projeto seja executado de maneira eficiente.
Em reunião realizada no Centro Administrativo na capital do Estado, no dia 20 deste mês, esteve presente o Diretor do Departamento de Turismo Neidmar Roger Charão Alves, representando a secretária municipal de Educação, Cultura, Esporte e Turismo Vanir Clara Bernardi Bombardelli e a servidora Ariane Pedrotti de Ávila Dias, técnica responsável pelo Departamento de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural.
Na oportunidade, apresentaram o Plano de Ação que pretendem implementar para a elaboração do Plano de Ocupação, Projeto de Gestão, Restauro e Conservação Preventiva do Castelinho. O trabalho inicia com a formação de um grupo de trabalho, formado por técnicos da prefeitura, das instituições de ensino superior nas áreas de arquitetura e urbanismo, história e ciências sociais, dos conselhos de cultura, de turismo, patrimônio histórico e cultural e de entidades ligadas à arquitetura.
“Este encontro é fundamental para retomar o contato com o IPHAE, para que possamos aos poucos fazer pequenos trabalhos de manutenção preventiva enquanto construímos em conjunto as ações necessárias para a reabertura do prédio. Entendemos que para alcançarmos um projeto de qualidade é essencial a elaboração de um projeto colaborativo, calcado na transparência do município sobre as ações pretendidas e na maior participação da comunidade, que é a quem se destinará a reocupação do prédio. Este modelo de trabalho onde o projeto de restauração está agregado a outros projetos, como por exemplo o projeto cultural e o de conservação preventiva, já é um modelo adotado pelos órgãos de patrimônio e pelos órgãos de fomento como básicos para qualquer aprovação em todo o País. O que estamos fazendo, portanto, é adaptar o projeto do Castelinho às boas práticas na área de patrimônio cultural”, pontua Ariane.
“Mais do que formalizar a parceria com o IPHAE, a partir de contexto metodológico quanto ao desenvolvimento da ação que fará com que o Castelinho seja entregue à comunidade de forma permanente, estamos nos habilitando à busca de financiamento público via sistema Pró-Cultura RS”, garante Neidmar.
Dentro das ações está prevista uma Audiência Pública com a finalidade de construção do plano de ocupação para os espaços do prédio do Castelinho.