Câmara de Vereadores de Erechim será revitalizada com ampliação de espaço físico

Perguntado sobre o porquê de não ter concorrido a reeleição, disse ser uma decisão pessoal após um período de trabalho bastante desgastante. Por ter sido sua primeira vez como Vereador, foi um período de aprendizado e novas experiências. “A gente tem que fazer o que gosta e eu não me encontrei dentro do legislativo”, completou o Vereador.

Sobre seu futuro na política, entende que não se pode dizer “eu não volto, vou ser candidato ou não”. Então agora resolveu cuidar da sua empresa. Foi convidado para integrar o novo governo, mas prefere ficar pelo menos uns 2 anos afastado para dedicar tempo integral a sua empresa. Nada de mágoas, o que passou já passou e agora temos que pensar para frente. ” afirmou.

Sobre frustrações nas suas atividades como edil, Pezzenatto respondeu que talvez estava bastante ansioso, como um marinheiro de primeira viagem, que acha que vai resolver o mundo e na vida política não é bem assim. São muitas regras que devem ser cumpridas. Trabalha-se com metas e orçamentos e ele veio da iniciativa privada que é totalmente diferente “tu faz e amanhã tu desfaz” e no Poder Público é diferente.

“Hoje quem tem um CNPJ está sempre no “12”, as coisas vêm acontecendo e no poder público em alguns casos é de um ano para o outro. Você tem que fazer toda a programação, coloca na LOA, tem que buscar o recurso e depois executar a obra, então ela demora no mínimo 1 ano. Existe todo um processo licitatório e são muitas etapas a serem cumpridas. Na empresa é um caixa único, entrou tanto, paga tanto, sobrou tanto e na administração pública só pode fazer o que a lei determina. ”

O Vereador disse que os investimentos devem ser muito bem administrados, porque o “cobertor é curto”. “Hoje temos rubrica na saúde, na educação, temos uma folha que no momento chega a quase 48%, então os investimentos devem ser bem pensados. A preocupação é constante com os gastos. Citou que a usina de asfalto é bastante importante, mas demorou no seu entender para ser colocada em prática e isso trouxe muito desgaste, mas está aí e resolvendo a pavimentação em ruas e avenidas da cidade. ” Frisou.

Ampliação do espaço físico da Câmara de Vereadores

Trata-se de uma obra que está sendo construída a várias mãos com parceria do IAB Erechim, da procuradoria, porque é algo novo. Foram 76 empresas que participaram da licitação para construir o novo espaço. Pezzenatto ressalta que não fez nada sozinho, muitas pessoas o ajudaram, uma equipe muito boa esteve ao seu lado e foi uma construção em conjunto.

Agora vem a outra etapa, porque primeiramente foi realizado o projeto arquitetônico e agora vem o projeto estrutural, com todas as normas. Já foi deixado no orçamento para 2025 o valor de R$ 6 milhões para o novo presidente do Legislativo. Se nada atrapalhar, lá por agosto ou setembro do ano que vem deverão iniciar as obras.

É um espaço que fica atrás do atual prédio da Câmara e depois de pronto terá capacidade para umas 200 pessoas, com plenário e plenarinho. Hoje a capacidade é de 115 a 120 pessoas. No projeto haverá 24 vagas de estacionamento. Em anexo deverá funcionar o Procon, Ouvidoria, achados e perdidos, entre outras prestações de serviços. Gabinetes para 4 pessoas, salas de reuniões para comissões e já foi projetado para 21 vereadores. Tem também o local do memorial que foi idealizado pela vereadora Ana de Oliveira e hoje uma pessoa digitaliza todos os arquivos e dessa forma está organizando o memorial.

Sobra de dinheiro no Caixa da Câmara

Jurandir Pezzenatto informou que está deixando o caixa da Câmara de Vereadores com um montante de quase 12 milhões de reais, que deverá ser devolvido ao poder Executivo de sobras do Lesgislativo.

O total correto é R$ 11 milhões 617 mil. No dia 31 de dezembro de 2024, todo o valor que sobrar na câmara, volta para o caixa da Prefeitura.

O vereador informou que “o ano de 2025, inicia do zero e a projeção é de R$ 25 milhões. Foi gasto em 2024, R$ 9 milhões 344 mil e está sendo devolvido mais do que foi gasto. Na verdade, não se chegou a 50% do dinheiro que o legislativo dispunha para ser gasto”, concluiu Pezzenatto.

Por: Edson Machado