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Bispo da Diocese de Erexim ressalta a dimensão da unidade da missa do crisma no espírito da sinodalidade

Dom Adimir Antonio Mazali, Bispo Diocesano de Erexim, presidiu a missa do Crisma na noite desta Quarta-Feira Santa na Catedral São José. Foi concelebrada por 42 padres que atuam na Diocese, dois sendo cerimoniários (Pe. Lucas Stein e Leonardo Fávero); três não puderam participar por problemas de saúde. A celebração contou com 12 Diáconos permanentes, mais de 90 ministros e ministras, três seminaristas diocesanos e cinco do Propedêutico dos saletinos de Marcelino Ramos, várias religiosas, diversos coroinhas e expressivo número de fiéis das paróquias da Diocese. O Coral N. Sra. de Fátima, regido pelo Pe. José Carlos Sala, Reitor Seminário e do Santuário do mesmo nome, animou a música e o canto, dando especial conotação orante à solene celebração litúrgica.

Após a homilia, o Bispo convidou os padres a renovarem seus compromissos de ordenação presbiteral. Na sequência, a assembleia litúrgica acolheu a entronização dos óleos do Batismo e da Unção dos Enfermos que o Bispo abençoou e do Crisma que ele consagrou, colocando nele antes o bálsamo, de agradável perfume, significando a plenitude do Espírito e o compromisso do cristão irradiar o perfume de Cristo.

No final da celebração, Dom Adimir entregou a cada padre, acompanhados de representantes das respectivas paróquias e seminários, o conjunto dos óleos abençoados e o consagrado para as celebrações dos sacramentos ao longo do ano até a próxima semana santa.

 

A homilia do Bispo

Primeiramente, cumprimentou os padres pelo dia da instituição do Sacerdócio e lhes agradeceu por toda a sua dedicação no serviço à Diocese. Em continuidade, ressaltou que a missa do Crisma é sinal expressivo de unidade diocesana em comunhão com toda a Igreja, que celebra o Tríduo Pascal, em espírito de sinodalidade, muito enfatizado pelo Papa Francisco. Leva-nos a agradecer a Deus o dom da Eucaristia, do Sacerdócio e do mandamento do amor, dados por Cristo à Igreja. Citou o Papa, segundo o qual nossa obra vem de Deus, pelo que lhe devemos ser dóceis e despojados, trabalhando para fortalecer uma Igreja de comunhão, participação e missão, missionária e sinodal. Referiu-se às leituras da celebração. O Profeta Isaías que testemunha sentir-se ungido pelo Espírito do Senhor Deus para levar a boa nova aos humildes, curar as feridas da alma, proclamar o tempo da graça, anunciar a nova aliança. São João na passagem do Apocalipse proclama Cristo a testemunha fiel, princípio e fim de tudo, que nos libertou dos pecados pelo seu sangue. São Lucas, no texto do evangelho, que assume a palavras do Profeta Isaías, dando-lhe nova dimensão com seu projeto de vida, a ser sempre retomado por todos, mas especialmente pelos ministros ordenados. Citou novamente o Papa Francisco que os exorta a deixar-se surpreender pela graça de Deus, a serem santificadores do povo, profetas da esperança, intercessores, configurados a Cristo e assumindo seu projeto de vida. Finalizou recordando a Campanha da Fraternidade sobre a fome e seu lema “dai-lhes vós mesmos de comer”, o terceiro Ano Vocacional do Brasil, exortando a rezar constantemente por novas vocações ao ministério ordenado, a ajudar os padres a viverem sua missão, assegurando sua oração ao bom Deus para que a celebração do dia fortaleça a Igreja diocesana, sustentada pela Eucaristia e o serviço ministerial dos padres.

 

Mensagem do representante dos presbíteros na sua Comissão Regional

Pe. Jean Carlos Demboski, Pároco da Paróquia N. Sra. do Monte Claro de Áurea, representante dos padres da Diocese na Comissão Regional de Presbíteros, dirigiu mensagem a seus irmãos de ministério no final da celebração.

Citou diálogo que Dom Helder Câmara teve com seu pai, lá pelos seus 7 ou 8 anos.  Sabendo que o pequeno Helder queria ser padre, o pai o questionou: “Filho, você está crescendo e continua a dizer que quer ser padre, mas você sabe de verdade o que significa ser padre? Para uma pessoa ser padre, ela não pode ser egoísta, não pode pensar só em si mesma. Ser padre e ser egoísta é impossível.” Atento, Helder teria dito: é um padre assim que eu quero ser. “Então, filho”, disse o pai, “que Deus o abençoe”.

Pe. Jean concluiu exortando: sejamos padres para servir, lembrando que “padre” e “egoísmo” não combinam. Com Papa Francisco, não deixemos morrer a profecia. Trabalhemos pastoralmente de modo orgânico, fecundo, articulado, promovendo as forças da vida, da justiça, da libertação, da fraternidade em nossa Diocese. Neste ano vocacional nacional, lembremos que todas as vocações merecem de todos nós cuidados especiais e orações. E a todos nós, povo sacerdotal, que Deus nos ajude a viver nossa vocação, celebrar bem a sua Páscoa e esparramar o óleo da alegria em toda aflição, como dizia o profeta Isaías.

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