As práticas integrativas em saúde foram discutidas na tarde desta terça-feira, 26, durante a Aula Inaugural do Curso de Enfermagem da URI Erechim. A enfermeira Kiciosan Bernardi Galli, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) conduziu o encontro que reuniu acadêmicos e professores do Curso no Anfiteatro da Instituição.
As práticas integrativas já estão instituídas há 13 anos no Sistema Único de Saúde (SUS) como Política Nacional em Práticas Integrativas e Complementares. Conforme Kiciosan, são 29 práticas que podem ser conduzidas por diferentes profissionais da área da saúde e permitem a complementação do trabalho já realizado tradicionalmente. “Temos enfermeiros acupunturistas, terapeutas florais, que trabalham com fitoterapia, plantas medicinais, entre outros. Este profissional, por trabalhar com o cuidado, está muito próximo do usuário através das visitas domiciliares e no cuidado diário nos hospitais”, explica.
Esse vínculo, de acordo com a convidada, permite que o cuidado seja ainda mais humanizado e profundo aos pacientes, diminuindo a medicalização que, por vezes, é utilizada de forma irracional. “Um exemplo disso é o tratamento da fibromialgia, que é feito com, no mínimo, três medicamentos controlados. Temos visto efeitos muito positivos da auriculoterapia, para diminuir as dores; bem como danças circulares e plantas medicinais. Tudo complementa o tratamento tradicional e, também, diminui a necessidade de tanta medicalização”, salienta.
A discussão é extremamente importante pois, de acordo com a enfermeira, na lógica das práticas integrativas o princípio fundamental é conhecer a causa de determinadas patologias, evitando que se tornem doenças crônicas.