Aratiba zera filas para cirurgias eletivas e de catarata

Convênio com hospital da cidade garante cirurgias de graça para os moradores, reduz tempo de espera e menos gastos para o município

Uma fila de espera de até três anos para fazer uma cirurgia de catarata. Esta era a realidade que os moradores de Aratiba enfrentavam até o começo do ano passado.  O sistema adotado era baseado na Lei de Auxílio, em que os doentes pagavam a cirurgia em clínicas de Erechim e depois a prefeitura restituía parte do valor gasto. A despesa com uma cirurgia chegava a R$ 4  mil. Por causa do alto custo e da demora em atender as pessoas, o governo municipal revogou a Lei de Auxílio e estabeleceu um convênio com a Clínica de Especialidades da Associação Comunitária Hospitalar de Aratiba- ACHA.   Com isso, o preço pago pelo serviço caiu pela metade e os moradores passaram a fazer as cirurgias sem pagar nada.

A Secretária de Saúde, Debora Cenci, afirma que só no ano passado foram realizadas mais de 150 cirurgias, beneficiando cerca de 80 pessoas. Jaine Baldissera, que sofre com diabetes, foi uma das pessoas beneficiadas pela cirurgia de catarata nos dois olhos. As cirurgias foram feitas no intervalo de três meses e Jaine conta que a vida dela mudou muito. “Antes eu enxergava muito pouco, agora não preciso mais usar óculos, consigo reconhecer as pessoas na rua, enfim, finalmente enxergo”, comemora.

A nova sistemática também foi adotada para as chamadas cirurgias eletivas, como de hérnia e varizes. Antes, as operações eram feitas no Hospital Santa Terezinha em Erechim. “Em cirurgias múltiplas, como a de varizes, o paciente era submetido ao procedimento duas vezes, “Eram duas cirurgias e duas anestesias. Agora, a operação é feita de uma única vez, evitando riscos e dando mais conforto para os pacientes”, avalia a secretária. Para quem estava esperando pela cirurgia, como Neusa Mentz, que precisava operar a vesícula, o fato de ter ficado internada  em Aratiba tem muitas vantagens. “A gente está praticamente em casa, com os familiares por perto, tudo é muito melhor”, diz.  Dona Neusa também elogia o fim da fila: “Quando a gente sabe que precisa operar, enquanto não faz a cirurgia fica sempre com uma grande preocupação para saber o que realmente tem, mas quando o médico opera e comunica que está tudo bem, tira um peso dos nossos ombros”, desabafa.

Como toda a demanda reprimida já foi atendida, a Secretaria da Saúde estima que o tempo de espera a partir deste ano será muito reduzido.  “A meta é ir atendendo as pessoas à medida que surgem as necessidades”, anuncia a secretária.

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