Após três dias de julgamento, os seis acusados do assassinato do jovem Nathan Cozer Hochmann, de 21 anos, foram absolvidos pelo Tribunal do Júri. A decisão foi tomada pela votação dos jurados, todos de Passo Fundo, sendo compostos por sete pessoas. O crime ocorreu em 2018 durante uma sequência de conflitos indígenas em Benjamim Constant do Sul. Na ocasião o prefeito da cidade supostamente foi preso na cadeia indígena e relatou agressões e tortura. O prefeito era tio da vítima e teria ido até a área indígena após o sobrinho ter sido morto em uma emboscada na estrada.
Segundo relatos da família, na época feito para a Uirapuru, o jovem, que morava com os pais saiu para comer uma pizza com os amigos. Eles foram até a cidade de Faxinalzinho, município vizinho, onde ficaram por quase uma hora. Por volta das 21h30, pegaram a estrada de volta e foram surpreendidos, segundo o pai de Nathan, por uma emboscada.
O pai relatou que “os índios cercaram eles com três carros e quando chegaram perto, colocaram a arma pra fora e atiraram. O pai Vitalino Hochmann disse ainda que o filho tentou se abaixar, mas o tiro pegou nele pelas costas”. Assustado e sem entender o que estava acontecendo, o motorista perdeu o controle da direção e o carro capotou. Também conforme ele, o amigo do filho se jogou na capoeira e os índios saíram atrás, atirando. Quando os atiradores olharam dentro do carro e perceberam que haviam matado a pessoa errada, desistiram de investir contra a outra vítima e abandonaram o local.
Dias depois um grupo acusado foi preso e o julgamento aconteceu então em Passo Fundo, encerrando com a absolvição de todos. Cabe recurso.
O júri aconteceu na IMED pelo motivo do Foro Criminal de Passo Fundo passar por obras. Na defesa dos indígenas atuaram o advogado Roque Letti e sua banca. Na acusação atuou a promotora do Ministério Público Federal Daniela Citta. A juíza do caso foi a Dra. Priscila Pinto de Azevedo.
Fonte: Rádio Uirapuru