“Acredito que podemos avançar em alguns cursos, Comunicação, Turismo e Cooperativismo”, diz diretor da UFFS

Na manhã desta segunda-feira (6), a conversa no programa Estúdio Boa Vista da Rádio Cultura foi com o diretor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Erechim, Luís Fernando Santos Corrêa da Silva. O mesmo relatou as transformações no meio educacional diante do coronavírus, falou sobre a retomada das aulas, evasão e cursos que acredita que seriam promissores.

“Foi uma novidade absoluta dar aula apenas remotamente, mas de forma rápida, adequamos a graduação e pós-graduação”, disse o diretor Luís Fernando. As mudanças também vieram acompanhadas da diminuição de acadêmicos. “Sentimos a perda de estudantes, mas não foi tão elevada se comparada a outras instituições. Estudantes que ingressaram em 2020 foi a maior evasão, pois havia uma expectativa de retorno presencial e não ocorreu, mas este quadro vamos reverter”, assegurou.

As perdas também se relacionam a área da pesquisa e licenciaturas. “Vivemos um período de discreto da ciência, mas é claro que não é generalizado. A diminuição significativa refere-se aos recursos para pesquisa. Hoje o fundo partidário é maior do que para pesquisas, não que não seja necessário, mas poderia ser mais equilibrado. Sem contar o grande desafio das licenciaturas, se sairmos na Av. Maurício Cardoso e pedirmos para as pessoas se querem bons professores para seus filhos, logo dirão que sim, mas não querem que seus filhos sejam professores”, explicou.

Ainda comentou que a formação em grande escala de professores acontece dentro das universidades federais, mas não é a primeira opção de curso, em função da falta de estrutura da carreira.

A UFFS nos últimos tempos passou a oferecer o curso Bacharelado em Ciências Biológicas, é o quinto Bacharelado, ao lado dos cursos de Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Ambiental e Sanitária e Geografia. O Campus oferta também as Licenciaturas em Ciências Sociais, Filosofia, Geografia, História, Interdisciplinar em Educação do Campo: Ciências da Natureza e Pedagogia, sem contar os quatro cursos de mestrado. “Oferecemos qualidade no ensino e acredito que com o tempo podemos avançar em alguns cursos, a exemplo da Comunicação, Turismo e Cooperativismo. Hoje temos um quadro de docentes qualificados, com redes de pesquisas nacionais e internacionais e quase que a totalidade com titulação de Doutorado”, relatou.

Em meio a tantos questionamentos, a universidade também se prepara para a retoma das aulas presenciais em 2022. “Retornaremos em fevereiro de 2022, a decisão foi tomada pelo Conselho de Campus em sessão realizada na última sexta-feira, que deliberou também que uma comissão será formada para planejar o retorno presencial. A data estabelecida leva em consideração o perfil dos estudantes e as condições estruturais do Campus Erechim, uma vez que os alunos são oriundos de outros estados ou de outras regiões do Rio Grande do Sul que não o Alto Uruguai. O Conselho entendeu também que o retorno presencial em novembro, mês em que inicia o segundo semestre letivo de 2021, não será possível devido ao transporte urbano, restaurante universitário e cantina, que funcionariam apenas por algumas semanas antes do recesso de final de ano e, depois, precisariam fazer uma pausa de 40 dias até fevereiro”, finalizou.

 

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