Mulher que teria abortado criança e escondido em caixa de sapatos em Erechim pode ter recebido ajuda de terceiros
A Polícia Civil de Erechim informou na manhã deste sábado, 15, que não descarta a possibilidade de que a mãe da criança que foi encontrada sem vida dentro de uma caixa de sapatos armazenada em cima de um roupeiro no bairro Koller em Erechim tenha recebido ajuda de terceiros para cometer o aborto e ocultar o corpo.
Entre as possibilidades investigadas pela polícia estão as de que a mulher, que tem 21 anos, teria praticado um aborto e, depois, escondido o feto abortado. Outra possibilidade seria ela ter tido um aborto espontâneo e escondido o feto morto. Uma terceira linha de investigação seria ela ter parido o feto com vida e de forma espontânea e tê-lo matado em seguida. A polícia analisa ainda a possibilidade dela ter provocado o aborto, o feto ter nascido com vida e ela ter matado a criança após o nascimento.
Conforme informado pela Polícia Civil, somente com o resultado do trabalho pericial poderão ser respondidas estas questões. De qualquer forma a polícia aguarda os resultados periciais para as devidas responsabilizações e, por enquanto prossegue nas demais diligências investigativas.
Segundo foi apurado preliminarmente, a morte da criança teria ocorrido ainda no dia anterior a descoberta do cadáver.
O fato
Na noite desta sexta-feira (14) a Brigada Militar foi solicitada pelo Conselho Tutelar de Erechim, para atender uma ocorrência de encontro de cadáver de um recém-nascido.
No local foi constatado que uma criança recém-nascida havia sido colocada em uma caixa de sapatos, sobre um guarda-roupas da casa da suposta mãe.
Segundo informação do CT, a mãe da criança teria negado aos conselheiros ter feito o parto em casa, mas teria assumido para sua mãe que teria, em tese, realizado um aborto, e escondido o cadáver.
As equipes que atenderam a ocorrência localizaram o corpo do recém-nascido no local mencionado pela suspeita, e verificaram que a criança já estava morta. A mãe, suspeita de abortar e ocultar o cadáver, foi conduzida ao Hospital Santa Terezinha, onde permanece hospitalizada.
A Polícia Civil foi acionada, e diante dos fatos, foi solicitado trabalho pericial do IGP.
Ainda hoje, assim que a suspeita for liberada do hospital, prestará depoimento sobre os fatos.