Você já ouviu falar em SIG? Trata-se de uma sigla para Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Esses sistemas permitem o mapeamento inteligente para que pesquisadores possam fazer correlações entre a representação espacial de cidades, com informações de diversas naturezas. “Através desse sistema podemos gerir informações que têm uma correspondência espacial, como um terreno na cidade. Podemos ter o desenho de um terreno e uma série de informações como localização, proprietário, área, zoneamento, dados do IPTU, etc”, explica a professora Daiane Valentini, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Erechim.
O SIG é o alicerce de um projeto de pesquisa coordenado pela professora que estuda, em conjunto com as colegas Andreia Saúgo, Angela Favaretto e Renata Goettems, dentro da área da arquitetura e urbanismo e do planejamento urbano e regional, métodos de leitura e análise da paisagem. O projeto já fez com que muitos acadêmicos da UFFS realizassem mapeamentos para pequenos municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. “Os alunos não contavam com uma base cartográfica atualizada e utilizaram o SIG para desenvolver seus Trabalhos Finais de Graduação (TFGs)”, conta Daiane. Difundindo a metodologia, a pesquisa, assim, auxilia os futuros arquitetos e urbanistas com ferramentas mais precisas para o desenvolvimento de seus trabalhos e abre novas possibilidades de atuação profissional.
O sistema permite gerir uma grande quantidade de informações, por isso é tão importante sua utilização por todos os profissionais que desenvolvem seu trabalho com ênfase na espacialidade, como os arquitetos e urbanistas. Há um curso sobre o SIG oferecido semestralmente aos acadêmicos da Universidade, mais especificamente nas disciplinas ligadas aos projetos de urbanismo, paisagismo, planejamento urbano e regional e também na orientação de TFGs. “A capacitação é ministrada aos alunos desde 2016. Já chegamos a levá-la a eventos científicos na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 2018, e também na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em 2019”, diz a professora Daiane.
Entre os dias 2 e 6 de agosto, o grupo do projeto de pesquisa ministrou o curso remotamente para 15 pesquisadores do Laboratório do Ambiente (Labam) da Universidade Federal de Goiás (UFG), entre estudantes de graduação, pós-graduação e alguns professores. O diálogo entre as duas instituições foi estabelecido por meio da professora Renata Goettems, que também é colaboradora do Labam.
“Tivemos quatro estudantes da UFFS como cursistas. Esses quatro fazem parte dos outros projetos de pesquisa da equipe, e que precisavam ser capacitados. Outras três estudantes (Bruna K. Reis, Alice Santos e Luiza Tonial) nos auxiliaram e ministraram parte do curso, além de trabalharem na organização e no relatório final”, pontua Daiane.
No curso, os exercícios são voltados para a aprendizagem e aplicação da ferramenta e, também, seus métodos de uso. Em 2020, com o desafio do ensino remoto, os materiais didáticos tiveram que ser adaptados. Foram desenvolvidas apostilas com exercícios, disponibilizados vídeos de apoio no YouTube e publicados artigos para o aprofundamento teórico-metodológico. O projeto tem financiamento da UFFS para 2020/2021 e, atualmente, bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
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Por Assessoria de Comunicação