Bolsonaro diz a apoiadores que filiação ao Patriota está “quase certa”
Senador Flávio Bolsonaro filiou-se ao partido na segunda-feira e ato sinalizou que o presidente poderá acompanhá-lo
O presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta terça-feira (01) que o processo de filiação ao Patriota está “quase certo”, mas ainda depende de alguns detalhes. Bolsonaro fez as afirmações horas depois de se reunir com o presidente do Patriota, Adilson Barroso, no Planalto.
“Todo mundo é Patriota agora?”, perguntou um apoiador ao presidente, na portaria do Palácio da Alvorada. “Está quase certo, estamos negociando. É como um casamento: tem de ser programado, planejado, senão dá problema”, respondeu Bolsonaro.
Uma eleitora se identificou como integrante do Patriota Mulher do Distrito Federal e disse que gostaria de “somar” com Bolsonaro. “Não casei ainda, não”, respondeu ele, numa referência ao partido. “Quando vai ser esse casamento?”, insistiu a apoiadora. “Eu acho que a mulher marca o dia do casamento, para ser democrático, e o homem marca o ano”, disse o presidente, rindo.
Bolsonaro foi eleito presidente em 2018 pelo PSL (Partido Social Liberal), sigla que deixou em novembro de 2019 após desentendimentos com o deputado Luciano Bivar (PE), presidente da legenda. Sem partido desde então, Bolsonaro vinha procurando um que o abrigasse para disputar novo mandato, em 2022.
O Patriota chegou a remover alguns integrantes, como o vereador paulistano Fernando Holiday, ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre), para atrair Bolsonaro.
Na segunda-feira (31), o senador Flávio Bolsonaro (RJ) se filiou ao Patriota. A chegada dele ao partido foi vista como uma sinalização de que seu pai, o presidente da República, o acompanhará em breve.
Na conversa com os apoiadores, Bolsonaro aproveitou para ironizar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e disse que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, poderá disputar com o tucano o Palácio dos Bandeirantes, em 2022. Doria é adversário de Bolsonaro e se prepara para ser candidato ao Planalto, não à reeleição.
Fonte: O Sul