Comitê Regional chama atenção para o aumento dos casos ativos
O Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da AMAU – Associação de Municípios do Alto Uruguai vem realizando desde meados de março, um levantando regional, para subsidiar as estratégias e ações de enfrentamento a Covid-19.
Para tanto o comitê regional criou uma Plataforma Regional de Monitoramento, na qual sistematiza inúmeros indicadores na periodicidade de três vezes por semana. Os dados catalogados permitem a elaboração de mapas, gráficos, tabelas, planilhas, síntese comparativa, entre outras.
Todo esse material, que compõe a Plataforma Regional de Monitoramento, tem sido base de sustentação para o protocolo, quando necessário, do pedido de reconsideração junto ao Gabinete de Crise, do Sistema de Distanciamento Controlado/RS.
A plataforma é composta pelos seguintes dados: casos positivos, recuperados e ativos, taxa de recuperação, óbitos, taxa de letalidade, disseminação per capita, municípios com casos e sem casos, municípios com 01 a 03 casos ativos, municípios com 04 a 10 casos ativos, municípios com mais de 10 casos ativos, municípios sem internação e óbitos nos últimos catorze dias, taxa de ocupação das alas Covid (UTI e leitos clínicos), taxa de ocupação dos oito hospitais regionais com leitos clínicos para Covid, entre outros.
TAXA DE OCUPAÇÃO DAS ALAS COVID-19
LEITOS CLÍNICOS
Verificamos, quando analisamos os indicares dos últimos 40 dias, que nunca ultrapassaram o percentual de 50% da capacidade instalada na Atenção Terciária, dos hospitais que possuem alas Covid-19, sendo a FHSTE e o Hospital de Caridade de Erechim.
Tomando como base esse período, observamos que as menores taxas de ocupação foram na ordem de 12,19%, e as maiores na ordem de 41,14%, que ocorreu na data de 20 de agosto. Esses dados também permitem afirmar que nessa semana ocorreu um aumento nas internações clínicas, passando de 34,15% para 41.46%, um aumento de 7,31%.
Essa informação é extremamente importante, porque sinaliza um número maior de internações. “Se constatamos um incremento nas internações clínicas é porque está ocorrendo um aumento na disseminação do vírus, porque somos sabedores que parte dos contaminados necessitarão de internação hospitalar. Os números extratificam isso”, pontua Jackson Arpini, integrante do Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus/AMAU.
LEITOS DE UTI
Com relação a taxa de ocupação em leitos de UTI verificamos, no período em questão, que a menor ocupação foi no percentual de 17,39%, ocorrido em 31 de julho. A maior taxa de ocupação foi de 47,83%, nos dias 17/08 e 21/08.
Esse percentual significa a ocupação de 11 leitos, sendo que a Região 16, possui 23 leitos de UTI específicos para a Covid-19.
Verificamos também que a oscilação da menor para a maior taxa se dá no percentual de 30,44%, com grande variação, mas em nenhum momento, até a presente data, ultrapassou o indicador de 50%, para a Região 16.
Essas taxas de ocupação nos permitem fazer leituras e radiografias da evolução da epidemia a nível regional, quanto a velocidade de disseminação da enfermidade.
“Verificamos, pelos últimos indicadores, que ascendemos de 185 casos ativos (19/08) para 302 (26/08), num aumento de 117 casos ativos, portanto mais de 63%” de aumento, coloca Arpini.
Esses números se refletem nas internações hospitalares, portanto precisamos estar atentos na adoção das medidas preconizadas de prevenção. Estamos atravessando um momento de aflição e preocupação, e todos os esforços na área da prevenção são relevantes. “Não podemos, em hipótese alguma, perder o controle da situação e, para tanto, necessitamos da colaboração de todos”, afirma Arpini.