Caixa deve aumentar para seis meses pausa no financiamento imobiliário, diz presidente do banco
Segundo Pedro Guimarães, mesmo com pandemia, mês de junho teve "recorde histórico" de novos contratos na área habitacional
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça-feira (14), que o banco aumentará a pausa no pagamento de financiamentos imobiliários — hoje, o período é de até quatro meses. Diante da pandemia do coronavírus, a expectativa é de que a instituição amplie esse prazo para seis meses.
— A gente já tem todas as aprovações internas. Vou fazer uma conversa com o presidente (Jair Bolsonaro). Esse é um tipo de anúncio importante para a sociedade (…) Ninguém nunca fez uma pausa de seis meses antes. Vai ter uma conversa antes do anúncio. Mas você já sabe a resposta: vai aumentar a pausa — disse Guimarães.
A Caixa registra 2,4 milhões de financiamentos com pausa no pagamento das prestações. Ao todo, o banco tem 5,5 milhões de contratos vigentes, totalizando R$ 478,58 bilhões em crédito.
— Durante a pausa não há necessidade de renegociação, o crédito está parado. (…) Quem tiver dificuldade, sugerimos pausar. Quem não tiver dificuldade, não pausa. Até porque a pausa é uma postergação do pagamento — avaliou o presidente da Caixa.
Segundo ele, mesmo com a pandemia, o mês de junho teve “recorde histórico” de novos contratos na área habitacional — a liberação de recursos atingiu R$ 11,1 bilhões, para 55 mil famílias. O resultado foi o melhor para o mês nos últimos quatro anos.
Ouça a entrevista:
Medidas anunciadas
No início do mês, a Caixa anunciou um conjunto de medidas relacionadas ao crédito imobiliário no país. As regras divulgadas pelo banco têm foco na redução de burocracia para as pessoas físicas durante o financiamento do imóvel e procuram garantir maior fluxo de caixa para as construtoras, em meio à crise causada pela pandemia de coronavírus.
Entre as novidades está a possibilidade de financiar as custas cartorárias e o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), além da implementação do registro eletrônico do contrato habitacional.
Fonte: GaúchaZH