No encerramento do Sínodo da Amazônia, o Papa Francisco recebeu em mãos, através de Joaquim Silva, carta sobre a celebração dos 50 anos da Pastoral da Juventude no Brasil. O pontífice sempre mostrou cuidado e carinho com o jovens da PJ.
Íntegra da carta
“Somos fruto da coragem e profecia de nossos pastores latino-americanos e caribenhos que através de suas Conferências Episcopais ousaram sonhar e proclamar ao mundo uma Igreja que tivesse clara a sua opção preferencial pelos pobres e pelos jovens, Igreja que reconhecemos cada vez mais viva em seu pontificado.
Vivemos em um contexto cujo índice de assassinato de jovens chegam a uma média de 100 por dia, 6 vezes maior que a média global. Nosso contexto é de em um país que tem no seu total da população cerca de 50 milhões de jovens, dos quais, 11 milhões estão sem estudo e sem trabalho.
É por esses motivos que buscamos ser uma Pastoral profética, na contramão… Uma “Igreja em saída” precisa ir ao encontro de nossa juventude empobrecida, denunciar as contradições que oprimem a vida e anunciar um Reino de justiça e fraternidade, o Reino sonhado por Deus e vivido por seu Filho Jesus. Ao longo da história, a Pastoral da Juventude foi protagonista de inúmeras campanhas pela vida da juventude. Atualmente, nossa campanha central é pela vida das mulheres, agredidas pelas violências que as menosprezam e as matam diariamente. Nesse sentido histórico, a Pastoral da Juventude tem sido uma das principais organizações da sociedade civil brasileira que propõe políticas públicas para a juventude porque acreditamos, na educação da fé, ser um exercício de cidadania que não nos deixa ficar isentos dessas questões.”