Por que o Alto Uruguai é tratado como “rabo” do Estado e não a porteira de entrada?
Durante muitas décadas o que mais se ouvia e visualizava, é que a região Alto Uruguai tinha sido esquecida pelos governos do Estado e até mesmo federal, com relação a infraestrutura de rodovias. Nas minhas férias viajei para várias localidades do Estado, onde era costumeiro transitar quando atuava como representante comercial, região Nordeste, altos da Serra e Aparados da Serra. Há 15 anos a maioria das rodovias eram de chão batido. Neste ano, durante as férias, retornei para as regiões e esperava encontrar as rodovias de chão batido, diante das dificuldades financeiras do Estado. Entretanto fiquei surpreso, pois a maioria delas estão asfaltadas.
Na região nordeste, municípios como Água Santa e Santa Cecília tem asfalto novo. Já na região dos Altos da Serra a rodovia que liga Casca a BR 285 e, passa por pequenos municípios como São Domingos do Sul e Vanini, o asfalto está em excelentes condições. A BR 470 que liga Barracão, Lagoa Vermelha e outros municípios, também conta com asfalto.
Já Bom Jesus, São José dos Ausentes e demais municípios, todos estão interligados por pavimentação asfáltica, seja com recursos do Estado ou, governo federal. Enquanto isso, as rodovias da região do Alto Uruguai continuam sem asfalto. Para piorar, nenhuma rodovia que liga o Alto Uruguai com região Nordeste sequer iniciou o asfalto. Cada vez mais é possível perceber que o Alto Uruguai e Erechim são tratados como o “rabo” do Estado e não como a porteira do Rio Grande do Sul.
Os culpados somos todos nós, eleitores e lideranças políticas das instituições que ao longo dos anos só votam em siglas partidária ou, por ideologias de esquerda e direita. Todas essas regiões que avançaram em infraestrutura contam com deputados da região, que tem comprometimento com essas comunidades. Ou nós mudamos a maneira de agir politicamente ou, ideologicamente continuaremos sendo o ‘rabo’ do Estado e não a porteira do Rio Grande do Sul.
Por Egidio Lazzarotto