Ação contra abuso e exploração sexual infantil pela internet tem alvos no RS
Operação ocorre simultaneamente em 133 cidades de todo o país, mobilizando efetivo de mais de 1,5 mil policiais
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, do Distrito Federal e de outras 25 unidades federativas participam nesta quinta-feira da “Operação Luz na Infância 4”, que procura acusados de crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na internet. A força-tarefa é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e cumpre, no Estado, seis mandados em seis alvos no Estado. As ações simultâneas mobilizam efetivo de mais de 1,5 mil policiais, em 133 cidades de todo o país, que cumprem 266 mandados de busca e apreensão.
Os alvos foram identificados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do MJSP com base em informações coletadas em ambientes virtuais e que apresentavam indícios suficientes de autoria e materialidade criminosa. Foram analisados mais de 237 mil arquivos, em um volume de 710 GB de dados. O conteúdo foi repassado às Polícias Civis – em especial às delegacias de proteção à criança e ao adolescente, e de repressão a crimes informáticos –, que fizeram levantamento de local, relatórios de serviço, instauraram inquéritos e solicitaram aos juízes locais para expedição dos mandados de busca e apreensão.
As penas para os crimes investigados variam entre um e oito anos de prisão: para quem armazena material de pornografia infantil, é de um a quatro anos. Para quem compartilha, três a seis anos. A punição aumenta para quatro a oito anos de prisão para quem produz esse tipo de material. Conforme a Polícia Federal, estes são considerados crimes permantes, ou seja, sua consumação se prolonga no tempo por vontade do agente, o que possibilita, em qualquer momento, a prisão em flagrante.
A ação desencadeada na manhã de hoje é decorrente de cooperação mútua entre a Diretoria de Inteligência e a Diretoria de Operações, ambas vinculadas à Secretaria de Operações Integradas do MJSP. Houve também colaboração da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega em Brasília, oferecendo cursos e capacitações que subsidiaram as quatro fases da Operação Luz na Infância.
A operação
Considerada uma das maiores do mundo no combate à pedofilia, a operação foi intitulada Luz na Infância por serem “bárbaros e nefastos” os crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. A internet facilita esse tipo de conduta criminosa e via de regra, os criminosos agem nas sombras e guetos da rede mundial de computadores. Ela propiciar às crianças e adolescentes vítimas de abuso e violência sexual, o resgate da dignidade, bem como, tirar esses criminosos da escuridão, para que sejam julgados à luz da Justiça.
Fonte: Correio do Povo