Acadêmico da primeira turma do curso de Psicologia da Faculdade Anglicana de Erechim (FAE), Eduardo Ribeiro dos Santos ouve com a alma. A dificuldade que os surdos têm em encontrar profissionais em determinadas áreas, como a Psicologia, foi a principal motivação para o estudante iniciar a graduação. “A comunicação dos surdos ainda é muito difícil. Meu projeto é aprender muito para poder trabalhar com este público depois”, planeja Eduardo.
Durante todo o período do curso, o acadêmico terá o acompanhamento da tradutora e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), Claudia da Silva, também caloura de Psicologia. “Conhecimento é o que nos move! Psicologia é uma graduação que sempre esteve entre minhas metas e essa será uma grande oportunidade, além de eu também poder contribuir enquanto profissional”, enfatiza Claudia, que já é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Libras.
O futuro psicólogo, de 24 anos, nasceu com surdez e toda a sua trajetória escolar foi em Getúlio Vargas, sua cidade de origem. Para ingressar no curso, Eduardo também fez a prova do vestibular, com o auxílio de uma intérprete. A coordenadora do curso de Psicologia da FAE, professora Juliana Jaboinski, destaca que para o grupo, tanto de docentes quanto de discentes do curso, é um desafio e também uma oportunidade de estar em contato com uma realidade diferenciada. “Estamos nos organizando para aprender Libras e poder nos comunicar plenamente com o Edu”, complementa a coordenadora.