Pessoas de nosso meio têm possibilidades de viajar para outros países e na sua volta relatam e manifestam sua decepção quando comparam como é tratada a educação nos países que visitaram e como a é no nosso. E ficam se lamentando do porquê que aqui nossos governantes ainda não se deram conta que, sem ela, jamais chegaremos ao patamar de um país desenvolvido. Em toda minha vida, desde que consegui sair do ostracismo imposto pelas circunstâncias da época, sempre constatei que sem uma educação de qualidade nunca alcançaremos uma vida feliz, mesmo não tendo muitos bens. Porque o que faz uma vida tranqüila, não são os bens acumulados ao longo da vida que tanta gente procura amontoar que, depois, queiram ou não, serão deixados para trás, porque caixão não tem gaveta. Mas, sim, uma vivência familiar em que todos se sentem felizes, porque estão estudando, pesquisando e trabalhando na atividade que escolheu em sua v ida, acoplada ao estudo que conseguiu completar. Houve uma pessoa da alta sociedade que teve a oportunidade de visitar a Coreia do Sul e, ao voltar, sentenciou: “Lá tudo depende da educação”. Que bom que descobriu que sem ela, de fato, não iremos a lugar nenhum. Demoraremos ainda mais ou menos uns duzentos anos. E o pior, digo, o “pelhor” de tudo isso é que não se ouve um candidato à Presidência da República e ao Governo do Estado que fale ou mencione qualquer coisa a respeito da educação, nem estadual e muito menos federal. Aliás, para Governador do Estado houve, sim, até agora só um que colocou a devida hierarquia em seu governo: Educação, saúde, segurança e infra-estrutura. É uma lástima ter que nos conscientizar que serão mais quatro anos com a educação ao Deus dará. E aqui salta à minha mente a lembrança de Leonel de Moura Brizola, único Governador que até agora elegeu a educação como espinha dorsal de seu governo, porque sabia que só ela liberta a pessoa e, sem ela, restam as trevas, onde nós estamos inseridos neste importante momento da vida nacional. O CPERS/Sindicato no ano findo, movimentou-se em caravana pelo Estado à fora, não sei a procura de quê e para quê. Mas até agora não vi um gesto sequer desse sindicato, para pressionar os Deputados Estaduais para banir, definitivamente, a famigerada aposentadoria doada aos ex-governadores que, só com uma delas daria para pagar, no mínimo, uns dez professores da rede pública estadual, dentro do ordenado que se recebe hoje.
E durante a campanha política, recém finda, apareceu uma candidata à reeleição a Deputada Estadual dizendo que ela apresentou um projeto de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado, que extinguiu a aposentadoria dos ex-governadores, mentindo, deslavadamente aos eleitores. O que ela fez e os Deputados aprovaram, foi limitar a aposentadoria deles até quatro anos após deixar o poder. Não a extinguiu, apenas limitou. Menos mal. Porém os anteriores à lei, se não me falha a memória, ficaram com ela até sua morte. É preciso extinguir para todos porque isso representa um tapo na cara dos professores e do povo que recebe, em sua aposentadoria, um salário mínimo de fome. Valha-nos Deus!
NOTA: Erexim escrito pelo autor com “x”, baseado no Decreto-Lei Federal nº 5.186, de 13/1/1943 e na recente decisão da Academia Brasileira de Letras, órgão oficial que dita, em última instância, a correta escrita das palavras e dos topônimos.