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Movimentações financeiras via Pix somam R$ 17,2 trilhões em 2023 e batem recorde

O crescimento das transações feitas via Pix foi de 57,8% na comparação com 2022.

As transferências de recursos e os pagamentos feitos por meio do Pix, sistema em tempo real, somaram R$ 17,18 trilhões no ano passado e bateram recorde. As informações são do Banco Central (BC).

Ao mesmo tempo, o número de relacionamentos bancários ativos subiu e a quantidade de dinheiro em circulação teve recuo.

Segundo o BC, o crescimento das transações feitas via Pix foi de 57,8% na comparação com 2022, quando as movimentações totalizaram R$ 10,89 trilhões. E foram mais do que o triplo do volume de 2021, quando somaram R$ 5,21 trilhões.

O Pix, sistema de transferência de recursos em tempo real do BC, começou em dezembro de 2020 e caiu no gosto da população. Em 2022, se tornou principal instrumento do mercado, com 29% das transações, superando o cartão de crédito.

Com o crescimento do Pix, instituições associadas à Federação Brasileira de Bancos encerraram em meados de janeiro a realização de transferências via DOC (Documento de Ordem de Crédito).

O BC explica que ​qualquer pessoa física ou jurídica que tenha uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga em uma instituição participante pode utilizar o Pix.

As contas bancárias (contas de depósitos à vista) são mantidas somente em instituições financeiras (bancos). Já as contas de pagamentos podem ser mantidas tanto por bancos como por instituições de pagamento.
Contas de pagamentos não podem ser utilizadas em operações de crédito (empréstimos, financiamentos, arrendamento mercantil), mas se o cliente possui uma conta em uma instituição de pagamento que faz parte de grupos ou conglomerados em que existam instituições financeiras, você pode ter acesso às operações de crédito oferecidas pela instituição financeira do grupo. Nesse caso, o recurso proveniente da operação de crédito é depositado em sua conta de pagamento.

O Banco Central prevê novas funcionalidades para o Pix neste ano. Entre elas, está o Pix automático, que deve começar a operar em 28 de outubro.

Essa modalidade vai permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas.

O Pix automático poderá ser usado, por exemplo, para pagar:

contas de água e luz;
escolas e faculdades;
academias, condomínios;
parcelamento de empréstimos;

Esse tipo de pagamento já pode ser feito através do débito automático, mas na avaliação do Banco Central, o Pix automático terá a capacidade de alcançar mais pessoas.

Outra modalidade do Pix, chamada de Pix agendado recorrente, também será obrigatória a partir de outubro de 2024. O Pix agendado poderá ser usado, por exemplo, para:

Mesada;
Doação;
Aluguel entre pessoas físicas;
Prestação de serviço por pessoas físicas (como diarista, terapia, educador físico etc).

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