Na semana passada esteve em Curitiba o secretário de Meio Ambiente, Cristiano Moreira e os vereadores, Wallace Soares e Ale Dal Zotto, para uma reunião com a Rumo, que assumiu a rede férrea da ALL. Para ter viabilidade econômica e reativar o transporte ferroviário até Passo Fundo, teria que ter uma produção mínima de dois milhões de toneladas mês. Segundo os estudos feito pela Rumo e também pelo governo federal, o trecho que compreende Marcelino Ramos, Erechim e Passo Fundo, não tem viabilidade econômica.
Hoje, o maior volume transportado por trem são minério de ferro, combustíveis e grãos. Como a produção de grãos de Erechim é industrializada no município pela Olfar, Vacarro e Aurora, agregando mais valor ao emprego e renda. Por isso, não existe nenhuma viabilidade econômica este trecho. Para reativar a rede novamente, seria necessário entre R$ 10 a R$ 20 milhões por quilômetro.
Diante disso, o secretário e os vereadores solicitaram que a Rumo disponibilizasse uma máquina Maria Fumaça para reativar o transporte de turismo. A resposta foi se tinham a dimensão do custo desta locomotiva, que hoje seria em torno de R$ 30 milhões, sem contar o custo mensal de lenha e operadores. Daqui dois anos será renovada a concessão com a Rumo e o governo federal, onde a mesma já disse que vai devolver este trecho. Como o governo federal não opera mais este tipo de transporte nesta região, ficará como está hoje.
O município de Erechim deverá encaminhar uma proposta para usufruir das áreas e o prédio da antiga estação ferroviária. O trem em Erechim vai ficar só na saudade.