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Atendimento do SAMU é prejudicado por alguns médicos que trabalham menos do que deveriam

Profissionais reguladores do serviço, que recebem ligações de 269 municípios, fazem horários reduzidos e deixam pedidos em espera por mais de uma hora.

Um grupo de médicos que deveria ficar a postos para receber ligações do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Porto Alegre ignora escalas, deixa o local de trabalho no meio do expediente e submete pessoas que precisam de socorro a esperas angustiantes ao telefone.

O fato foi revelado por profissionais do grupo RBS e levado ao ar no programa Fantástico, da Rede Globo no último domingo (27).

No Rio Grande do Sul, são 269 municípios atendidos pela central de Porto Alegre, cobrindo 70% da população gaúcha e controlada pelo governo estadual. São 70 mil ligações por mês. O sistema funciona da seguinte maneira: quando um morador de uma das cidades atendidas precisa de socorro do Samu e liga para o telefone 192, a ligação cai nesta central. Também é por aí que chegam aos chamados de outras cidades que precisam transferir pacientes entre municípios por ambulâncias.

Inicialmente, um telefonista atende ao chamado, o que geralmente ocorre de forma rápida. Depois, a ligação vai para uma fila de espera para que os médicos reguladores prossigam no atendimento e, caso necessário, acionem as ambulâncias que vão prestar socorro. E é nessa etapa que ocorrem os problemas que envolvem a demora no atendimento e consequentemente a demora para a chegada do socorro no local de origem da chamada. Em muitos casos, o tempo é um fator diferencial entre a vida e a morte para vítimas de acidentes de trânsito, mal súbito, AVC, entre outros.

Durante a noite, madrugada e início da manhã, médicos que deveriam estar disponíveis para o atendimento das ligações não cumprem integralmente suas jornadas de trabalho.

A secretaria estadual da saúde se manifestou através de nota, onde diz que “não compactua com qualquer irregularidade na administração pública” e instaurou uma sindicância para apurar as irregularidades.

O ministério da saúde também emitiu uma nota, dizendo que “vai realizar visita técnica à Central Estadual de Regulação do SAMU para verificar as informações”.

Fonte: GZH

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