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Professora da URI é reconhecida por relevantes pesquisas na área da erva-mate

A professora e pesquisadora Alice Valduga, do Programa de Pós-Graduação (PPG) Ecologia e Engenharia de Alimentos da URI Erechim, recebeu na quarta-feira, 5, em Machadinho, o Prêmio Teodoro Mendes da Fonseca (Troféu Dórinho), pelos relevantes serviços prestados ao desenvolvimento do setor ervateiro nacional e internacional. A homenagem fez parte da 1ª Semana da Erva-Mate e da 1ª Conferência Internacional do Mate, realizadas de 03 a 09 de julho, no Machadinho Thermas Resort Spa.

A professora, que é mestra em Bioquímica e Doutora em Ecologia e Recursos Naturais, recebeu a homenagem dos filhos de Teodoro Mendes da Fonseca, Clairton, Alcir e Érico. O troféu, no formato de uma cambona, foi entregue pelo Engenheiro Agrônomo Ilvandro de Mello, da Emater, e pelo Diretor do Machadinho Thermas Resort Spa, Juarez Tavares. Além de uma placa e do troféu, a professora Alice também recebeu uma árvore de erva-mate para eternizar o seu nome no “Erval da Posteridade”, junto ao balneário.

Teodoro Mendes da Fonseca, nascido em 1941, em Machadinho, é considerado o pai da Cambona 4, tendo utilizado suas terras, na localidade de Arroio Mariano, onde foram implantadas as primeiras experiências com essa variedade. Por causa dessas pesquisas, a erva-mate Cambona 4 ganhou repercussão nacional pela qualidade, procura e interesse de muitas famílias em dar continuidade à cultura, ocorrendo uma transformação na economia local. Seu Dórinho, como era chamado, teve uma ligação também com a música gaúcha, pois seu sobrinho foi o cantor e intérprete José Mendes, falecido em 1974, que também nasceu em sua propriedade, no interior de Machadinho.

A Cambona 4 foi tema de pesquisa do doutorado da professora Alice, que teve como orientador Roberto Della Libera Finzer, de Uberlândia, Minas Gerais. A professora, que é mestra em Bioquímica e Doutora em Ecologia e Recursos Naturais, recebeu a premiação das mãos dos filhos do seu Dorinho e organizadores da Semana da Erva-Mate de Machadinho.

Ela ressalta que os pesquisadores Moacir Medrado e Gabriel Correa, da Embrapa Floresta, de Colombo, Paraná, foram os responsáveis em selecionar a progênese e nomeá-la Cambona 4. A Emater, por meio de Ilvandro de Mello, Camol e Apromate (Associação dos Produtores de Erva-Mate de Machadinho), também contribuíram com as pesquisas. O crescimento científico da Cambona 4, a estabilidade no sabor e no formato botânico, configuram uma estabilidade genética, se constituindo no primeiro biclonal do Brasil.

A professora Alice também foi palestrante da 1ª Conferência Internacional do Mate, onde falou sobre: princípios ativos e potenciais fitoquímicos da erva-mate para o uso na cosmetologia e na gastronomia. O evento ocorreu, igualmente, no Machadinho Thermas Resort Spa.

Por Assessoria de Comunicação

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