Os preços médios da gasolina e do etanol voltaram a subir nos postos do Brasil após quatro semanas seguidas de queda. É o que mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nessa terça-feira (13).
A pesquisa é referente à semana de 4 a 10 de junho.
Gasolina
O combustível foi comercializado, em média, a R$ 5,42 o litro. O valor representa uma alta de 4% frente aos R$ 5,21 da semana anterior, segundo os dados da ANP.
O preço máximo encontrado nos postos foi de R$ 7.
Etanol
O preço médio do etanol, por sua vez, subiu para R$ 3,80 na última semana. O avanço foi de 0,79% em relação aos R$ 3,77 da semana anterior.
O valor mais alto identificado pela ANP foi de R$ 5,99.
Diesel
Já o litro do diesel caiu pela 18ª semana seguida: foi de R$ 5,10 para R$ 5,08. A queda no preço do combustível foi de 0,39%.
O preço mais caro encontrado pela agência na semana foi de R$ 7,19.
ICMS
Passou a valer em 1º de junho a alteração no formato de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina nos estados brasileiros.
A mudança estabeleceu a cobrança do tributo estadual com uma alíquota fixa (em reais) de R$ 1,22 por litro. O valor é válido para todos os Estados.
A medida — que, na semana de 28 de maio a 3 de junho, não tinha gerado reflexos nos valores encontrados pela ANP — já começa a impactar os preços nas bombas, mostra o levantamento atual.
Redução
No dia 16 de maio, a Petrobras anunciou redução no preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras. A medida passou a valer no dia seguinte.
Os preços praticados pelos postos de combustíveis levam em conta, além dos impostos, o lucro das distribuidoras e de revendedoras.
- A redução no preço da gasolina pela Petrobras foi de R$ 0,40 por litro, queda de 12,6%;
- A diminuição no diesel pela estatal foi de R$ 0,44 por litro, queda de 12,8%.
Com esses reajustes, os dois combustíveis passaram a ter o menor valor nas refinarias desde agosto de 2021.
Também no dia 16, a Petrobras anunciou uma mudança na sua política de preços. Desde então, a estatal não obedece mais à política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.
Agora, a empresa levará dois pontos como referência para a determinação dos seus preços:
- o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação;
- o valor marginal para a Petrobras.
Os resultados contabilizados pela ANP também foram divulgados mais de dois meses após a retomada de impostos federais sobre gasolina e etanol — medida que passou a valer em 1º de março.
Até então, o último reajuste anunciado pela Petrobras no preço do diesel às distribuidoras havia sido no dia 28 de abril. O valor passou de R$ 3,84 para R$ 3,46 por litro, uma queda de R$ 0,38 ou 9,9%, a partir do dia seguinte.