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Produção industrial fica estável em dezembro ante novembro, aponta IBGE

No acumulado do ano, índice teve recuo de 0,7%

Em dezembro de 2022, a produção industrial nacional mostrou variação nula (0,0%) frente a novembro, na série com ajuste sazonal, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Frente a dezembro de 2021, a indústria recuou 1,3%, após quatro meses de crescimento nesta comparação: novembro (0,9%), outubro (1,7%), setembro (0,4%) e agosto (2,8%) de 2022. A média móvel trimestral em dezembro foi de 0,1%. Em 2022, a indústria acumula um recuo de 0,7%, após acumular alta de 3,9% em 2021.

Com esse resultado, em relação a igual período de 2021 os índices da indústria foram positivos tanto no fechamento do 4º trimestre de 2022 (0,5%), como no acumulado do segundo semestre do ano (0,7%). Na variação nula (0,0%) da atividade industrial na passagem de novembro para dezembro de 2022, três das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,1%). A primeira registra o terceiro mês seguido de expansão na produção, período em que acumulou avanço de 6,8%. Já a segunda eliminou a queda de 0,4% verificada no mês anterior.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos de metal (5,6%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (8,0%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (6,7%).

Por outro lado, entre as 15 atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-2,6%) e metalurgia (-5,1%) exerceram os principais impactos em dezembro de 2022, com ambas interrompendo dois meses consecutivos de avanço, período em que acumularam expansão de 8,5% e 8,6%, respectivamente. Vale destacar também os recuos registrados pelos ramos de outros produtos químicos (-3,2%), de máquinas e equipamentos (-3,6%), de indústrias extrativas (-1,1%) e de bebidas (-2,8%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (4,1%), bens de consumo semi e não duráveis (3,2%) e bens de capital (1,8%) assinalaram as taxas positivas em dezembro de 2022. Com esses resultados, a primeira eliminou parte da perda de 4,6% acumulada no período setembro-novembro de 2022; a segunda marcou o terceiro mês seguido de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 4,5%; e a última intensificou o avanço registrado em novembro de 2022 (0,8%). Por outro lado, o setor produtor de bens intermediários (-2,1%) apontou o único resultado negativo nesse mês, interrompendo, dessa forma, dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 0,9%.

Indústria recua 1,3% em relação a dezembro de 2021

Frente a dezembro de 2021, a indústria recuou 1,3% em dezembro de 2022, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 45 dos 79 grupos e 57,8% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que dezembro de 2022 teve um dia útil a menos (22 dias) do que o mesmo mês do ano anterior (23).

Entre as atividades, as principais influências negativas sobre a indústria vieram de indústrias extrativas (-4,0%), máquinas e equipamentos (-8,6%) e produtos de madeira (-31,5%). Vale destacar também as contribuições negativas de minerais não metálicos (-9,9%), metalurgia (-6,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,0%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-13,2%), outros produtos químicos (-2,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,5%), produtos diversos (-15,0%) e produtos têxteis (-10,6%).

Por outro lado, entre as oito atividades com expansão na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,0%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (32,1%) exerceram as maiores influências sobre a indústria. Vale destacar também as contribuições positivas dos ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), produtos alimentícios (2,1%) e outros equipamentos de transporte (23,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-5,8%) e bens intermediários (-2,6%) assinalaram, em dezembro de 2022, os resultados negativos entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (3,1%) e de bens de capital (0,9%) registraram os avanços nesse mês.

Fonte: Correio do Povo

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