A Defesa Civil estadual contabiliza 15.492 moradores afetados pelo vento, pelo temporal e pela queda de granizo que atingiram o Rio Grande do Sul na noite de segunda-feira (15). O boletim, que contabiliza danos em 16 cidades, foi divulgado na manhã desta terça (16).
O maior problema envolve casas danificadas, muitas atingidas pelas pedras de gelo ou pelo vendaval.
A cidade mais atingida é Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo: o boletim da Defesa Civil contabiliza em torno de 2 mil residências afetadas, o que abrange 8 mil moradores. Mais de 1,5 mil famílias já foram atendidas no município com doação de lonas pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros.
A Região Metropolitana também foi bastante afetada. Canoas registra 1,1 mil casas com estragos, e duas pessoas ficaram feridas, atingidas por telhas que voaram. Cachoeirinha, Gravataí e Eldorado do Sul também contabilizam os prejuízos nesta manhã — esses municípios, contudo, não estão incluídos no balanço estadual.
— Mais de 1,2 mil casas tiveram os telhados danificados, em todas as regiões da cidade. Oito prédios públicos também foram atingidos, entre escolas, ginásios e áreas administrativas. O granizo foi o que fez com que muitas telhas fossem quebradas. Algumas casas tiveram 100% do telhado quebrado — relata João Ferreira, coordenador da Defesa Civil de Eldorado do Sul, que está distribuindo lonas e cadastrando famílias que poderão receber telhas.
Em Charqueadas, na Região Carbonífera, cerca de 660 casas foram atingidas pela queda de granizo. A Defesa Civil já distribuiu mais de 5 mil metros de lona e faz cadastramento de famílias que precisam receber telhas no prédio do antigo Sesi, na Avenida Cruz de Malta.
— O problema aqui foi o granizo, que juntou com o temporal. Praticamente a cidade inteira foi afetada. Estamos em força-tarefa a madrugada inteira — relata o coordenador municipal da Defesa Civil de Charqueadas, Lucas Ataia.
Em Tramandaí, no Litoral Norte, o toldo de uma loja se desprendeu e bloqueia a Avenida Fernandes Bastos, no sentido centro-bairro, na saída da cidade, em direção à RS-030. Postes e árvores caíram, assim como o muro do cemitério municipal. Os bairros mais afetados foram Zona Nova, Zona Sul e São Francisco. É possível pedir lona e se cadastrar para receber telhas no CRAS, que fica na Rua Cristóvão Colombo, 376.
— Estamos avaliando a necessidade de decretar situação de emergência — relata o secretário de Segurança e coordenador da Defesa Civil de Tramandaí, Claudiomir da Silva Pedro.