Nesta terça, dia 31, em Porto Alegre, ocorrerão importantes reuniões que poderão afetar o futuro da prestação de serviços dos Hospitais gaúchos ao IPE. O Hospital de Caridade de Erechim, maior prestador de serviços ao IPE na região Alto Uruguai, será representado pelo seu superintendente geral, Claudiomiro Carus.
As reuniões foram convocadas pelas Federações dos Hospitais Filantrópicos e Privados, em razão de o IPE ter publicado na última semana, de forma unilateral, medidas que alteram aspectos determinantes e afetam negativamente a remuneração dos serviços hospitalares, desconsiderando todas as propostas técnicas apontadas pelas Federações no grupo de trabalho designado para este fim. Este grupo estava trabalhando há mais de 70 dias.
O IPE possui uma dívida para com os prestadores de serviços na casa de R$ 1,150 bilhão de reais em notas/faturas apresentadas e não pagas, algumas delas há 195 dias. Diante disso, os hospitais foram obrigados a recorrer a empréstimos bancários, com juros elevados, para manter a regularidade na prestação dos serviços.
Para agravar a situação, no final do ano passado, o IPE reduziu a tabela de remuneração de nutricionais, e agora está reduzindo também a tabela de remuneração de medicamentos. O repasse anunciado de 15% nas diárias é insignificante para compensar as perdas. Além disso, há mais de 11 anos não é realizado reajuste em boa parte da tabela de serviços.
Conforme o Diretor Presidente do HC, Cláudio Rogério Galli, a postura da direção do IPE abalou de forma importante a relação com os prestadores, uma vez que desrespeita os estudos que estavam sendo realizados pela equipe técnica, formada pelos hospitais e pelo instituto: “A decisão do IPE foi unilateral e agrava ainda mais a saúde financeira das instituições”, resume.
Saiba mais
No caso do HC – onde o plano de saúde IPE representa em média 33% do faturamento, a Direção e Administração informam estar utilizando um valor significativo de suas contas rotativas, pagando elevados juros, e já cotando empréstimos para cobrir o valor em atraso.
Suspensão de atendimento ou rescisão de contrato
Conforme a Direção e Administração do HC, a posição dos hospitais que mais atendem IPE no Estado poderá ser a de suspensão do atendimento ou até mesmo a rescisão contratual, visto que as tabelas estão inviabilizando o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. A decisão final será tomada de forma coletiva pelos Hospitais, em conjunto com suas Federações.
Por Assessoria de Comunicação
