Vila Hortência, no interior de Centenário, comemora 100 anos

Comunidade é uma das mais antigas da região e teve sua história construída nos pilares da fé e do trabalho

É momento de celebrar os 100 anos de uma comunidade que se desenvolveu baseado em dois pelares centrais: o trabalho e a fé. A comunidade de Vila Hortência, localizada no interior do município de Centenário se reúne neste final de semana como comemorar os 100 anos da fundação da pequena capela, que é uma das mais antigas da região. Hoje a comunidade é distrito do município de Centenário e foi um dos primeiros locais da região a ter uma comunidade da Capela Católica.

Os moradores mais antigos, contam que inicialmente, o padre chegava na comunidade à cavalo, de charrete, que na época era chamada de aranha, ou de carroça. As famílias iam até a sede paroquial buscá-lo, e esta função era chamada de operação “volante”.

A primeira capela da comunidade foi inaugurada em 1919, após os moradores locais se reunirem para viabilizar o trabalho. Quase duas décadas depois, em 1938, viu-se a necessidade de ampliação da capela, que foi reestruturada para receber os moradores de toda a região, que iam até o local para expressar sua fé.

Atualmente uma grande Capela está localizada na rua principal do Distrito, sendo um dos principais pontos de encontro dos moradores da região, principalmente nos dias de missa e festas da comunidade. A atual Capela foi inaugurada no ano de 1980 e recebeu o nome de São João Batista, em homenagem a ao primeiro morador da comunidade, o Sr. João Pollom.

Dionísio Plucinski, 90 anos, chegou na Vila Hortência com apenas 3 meses de idade, passou toda sua vida dedicada ao crescimento da comunidade, casou-se e teve filhos. Ele destaca que a comunidade sempre foi muito grande, e não havia muitas dificuldades de morar ali, já que sempre houve uma cooperação mútua entre os moradores.

Itamar Pollom, 54 anos, dedica-se a comunidade com mais de 30 anos como Ministro da Eucaristia, ele conta que sua família faz parte da comunidade há quatro gerações, sendo um dos descendentes de João Pollom, que foi o primeiro morador da localidade. Ele destaca que sente um orgulho muito grande em fazer parte desta história, e por fazer parte de uma família que sempre se dedicou a religiosidade e ao trabalho para a comunidade.

Giocondo Pollom, 82 anos, lembra que sempre houve muita mobilização para manter a capela ativa e fazer as reformas que foram necessárias durante os anos. Ele enfatiza que a chegada dos 100 anos desta comunidade foi possível por meio da dedicação de muitas pessoas, que trabalhavam com muita dificuldade para a realização dos trabalhos.

Claudina Mikuanski Lonkzinski, 89 anos, lembra dos vizinhos e dos momentos marcantes que passou nesta comunidade, como quando ia na catequese à cavalo juntos com seus irmãos, e lembra de uma passagem na capela local, quando passou sua Primeira Comunhão.

Neste domingo, 23 de junho, toda a comunidade deverá se reunir novamente, mas desta vez será um encontro muito especial, pois será para relembrar as histórias e vivenciar novamente os sentimentos que marcaram estes 100 anos de história da Capela São João Batista, de Vila Hortência.

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