Vereadores aprovam moção contrária ao corte de verbas na educação

Na última sessão ordinária do Poder Legislativo erechinense, realizada na segunda-feira (6), foi aprovado, com 13 votos favoráveis e três contrários, um pedido de moção apresentado pelo vereador Lucas Farina (PT) e subscrito por outros parlamentares. O documento é uma reação contrária ao recente bloqueio de R$ 7,3 bilhões na verba destinada à educação, anunciado no dia 30 de abril pelo Ministério da Educação. A medida, que afetará significativamente 60 universidades e 40 institutos de educação, ciência e tecnologia, também será prejudicial ao ensino infantil e à pós-graduação no país.

De acordo com Farina, que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Educação Pública, Gratuita e de Qualidade, é preocupante a desvalorização que a educação vem tendo recentemente, já que isso inevitavelmente acarreta em problemas nas mais diversas áreas. “A educação é fundamental para a transformação de nossa região e nação. Países que não a valorizam, em geral, apresentam economia frágil, os rendimentos são inferiores, refletindo em todos os segmentos, como habitação, saúde, qualidade e expectativa de vida”, aponta.

Impacto na região – Nos últimos dias, reitores de diversos estados reagiram negativamente ao corte imposto pelo governo federal, alertando que, em muitos casos, universidades e institutos federais poderão ter suas atividades inviabilizadas ainda em 2019. O vereador chama a atenção para o fato de que, na região do Alto Uruguai, três instituições – e milhares de alunos – serão afetadas: A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que conta com 9.763 alunos, 712 professores e 693 técnicos administrativos, 44 cursos de graduação, 15 mestrados, dois doutorados interinstitucionais, especializações e residências médicas; o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Erechim, com 1.264 alunos em sete cursos técnicos, dois superiores e dois bacharelados; e o IFRS – Campus Sertão, com 1.500 alunos, seis cursos técnicos, nove superiores e um curso de pós-graduação. “Pela importância e protagonismo destas instituições, é difícil imaginar o futuro de nossa região e de todo o país sem essas estruturas. Nossos esforços são para a reversão do corte orçamentário com cumprimento da Lei Orçamentária em sua integralidade”, afirma Farina.

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