A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Erechim ampliou sua infraestrutura de pesquisa com a aquisição de um microscópio eletrônico de varredura (MEV), equipamento de alta precisão capaz de produzir imagens com ampliação de até 1 milhão de vezes, dependendo do material. O novo equipamento será utilizado em pesquisas do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) e de outros cursos de pós-graduação, contribuindo para a produção de estudos de alto impacto científico e tecnológico.
O microscópio foi adquirido por meio de uma chamada pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), voltada à melhoria da infraestrutura de pesquisa. O projeto, coordenado pelo professor Leandro Galon e com subcoordenação do professor Eduardo Pavan Korf, viabilizou a compra do MEV, que tem um valor de R$ 948.724,87 e foi importado da República Tcheca. O equipamento permitirá avaliar impactos ocasionados no ambiente, materiais e diversos produtos desenvolvidos, em plantas e em extratos fisiológicos e bioquímicos, além de possibilitar análises fisiológicas, bioquímicas, mineralógicas, físicas e químicas.
Nas últimas semanas, foi realizado um treinamento para professores, técnicos de laboratório e alunos de mestrado e doutorado do PPGCTA. A capacitação abordou os principais aspectos técnicos do MEV, preparando os pesquisadores para explorar todo o potencial do novo equipamento.
Inovação para diversas áreas de pesquisa
O professor Eduardo Korf destaca que a aquisição do MEV fortalece o PPGCTA e a formação de recursos humanos dedicados à pesquisa e pós-graduação na instituição. “O equipamento é multiusuário e abrange diversas áreas do conhecimento, como engenharias, ciências biológicas e agrárias. Com ele, será possível realizar análises detalhadas de impactos ambientais e processos de desenvolvimento de novos materiais”, explica.
No campo das ciências agrárias e biológicas, por exemplo, o MEV será empregado em estudos sobre os efeitos de agentes bióticos e abióticos sobre as plantas. “Há projetos que investigam os impactos dos sistemas produtivos e como podemos reduzir os insumos sintéticos, substituindo-os por outros e os efeitos no crescimento das plantas. O MEV permitirá avaliar como esses produtos afetam o funcionamento bioquímico e fisiológico das plantas”, pontua o professor Leandro Galon.
Já na área de engenharia, o microscópio será fundamental para pesquisas que utilizam resíduos na produção de novos materiais ou produtos, tais como pesquisas na área de novos cimentos, membranas, adsorventes ou bioprodutos produzidos a partir de resíduos industriais. “Podemos analisar a microestrutura dos materiais desenvolvidos e compará-los com produtos tradicionais, verificando sua resistência e qualidade”, exemplifica o professor Eduardo.
Fortalecimento da produção científica
A chegada do MEV também deve impulsionar a produção científica da UFFS, proporcionando um diferencial qualitativo às pesquisas desenvolvidas. “Esse equipamento nos permite comprovar, em nível microestrutural, os efeitos de determinadas práticas e materiais, o que agrega mais qualidade às publicações e amplia o impacto acadêmico dos estudos realizados na Universidade”, ressalta Eduardo.
Além de beneficiar as pesquisas desenvolvidas na UFFS, o equipamento também contribuirá para a formação de parcerias com outras instituições. “Nosso objetivo é fomentar colaborações nacionais e internacionais, integrando o MEV às redes de pesquisa e incentivando o intercâmbio acadêmico em nível de pós-graduação”, completa.
Por: Wagner Lenhardt
Jornalista Ascom UFFS