“Turismo é cultura, folclore e identidade”

Afirmação é do palestrante, Ângelo Sanches Thurler, no 1º Inspira Turismo Erechim, evento para estruturar e promover o setor em Erechim, que acrescenta “ninguém faz nada sozinho”

“Falar de turismo é falar de sonhos”, disse o palestrante e mentor, Ângelo Sanches Thurler, no 1º Inspira Turismo Erechim, evento promovido pela Prefeitura de Erechim, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, realizado no Salão Del Prete, do Clube Esportivo e Recreativo Atlântico, na tarde desta quinta-feira (8). Na ocasião, a secretaria apresentou os avanços e projetos para ampliar e estruturar, ainda mais, o turismo do município.

“Ninguém faz nada sozinho”

O palestrante, Ângelo Sanches Thurler, mostrou quais são os caminhos e estratégias para estruturar o turismo no município, apresentou exemplos, mostrou projetos e ações reais e como o turismo pode ser transformador. “Quando a comunidade se une as coisas acontecem. É importante pensar a médio e longo prazo, e a gente não pode pensar o futuro com a cabeça do presente, tem que pensar o futuro com a cabeça do futuro, e começar hoje”, disse.

Turismo: indústria que mais cresce

“Ninguém faz nada sozinho, nenhum de nós é tão bom como todos nós juntos. O turismo funciona como uma engrenagem, é preciso saber quais são as nossas identidades. O turismo é a indústria que mais cresce hoje, que mais gera empregos, é a indústria da felicidade, da economia limpa. O turismo encanta as pessoas e é, comprovadamente, pela Organização Mundial do Turismo da ONU, a indústria que está salvando países”, afirma.

No entanto, explica o palestrante, é preciso entender algumas questões como: “Sou uma cidade turística? Tenho potencial para ser uma cidade turística? O que deve ser feito para receber turistas? Primeiro, para receber turistas, a cidade tem que ser boa para quem vive nela, e, assim, o turista vai se encantar com a cidade, mas nada se faz sozinho, existem prioridades no turismo para encantar e trazer as pessoas”, explica.

Ele ressalta que o setor do turismo envolve, hoje, 521 cadeias econômicas, diferentes segmentos da sociedade. “É a única indústria que consegue agradar e se conectar com todas as outras indústrias e setores”, afirma.

Comunidade: 100% importante

“A participação da comunidade é 100% importante, nada acontece sem a participação dela. Se a sociedade não estiver integrada – repito, ninguém faz nada sozinho, o Poder Público não vai sair do lugar, a iniciativa privada não vai ganhar dinheiro e a sociedade vai ficar parada. A comunidade é tudo, e é ela que faz o turista se encantar”, ressalta.

Identidade – resgatar a cultura local, identidade

“Neste processo, é muito importante resgatar a cultura local, o folclore, a culinária, as belezas naturais, saber o que nos trouxe até aqui. O turismo não é só um parque temático, pode ser também, mas é a cultura, folclore, identidade. O que faz um turista viajar para conhecer outros lugares? Conhecer novas culturas, gastronomias, identidades novas, isso é fazer turismo”, destaca o palestrante, Ângelo Sanches Thurler.

Coletividade

“Ter uma associação, COMTUR, é muito importante, mas eu aprendi que é preciso colocar as nossas vaidades embaixo de nossos pés e unir os interesses de todos. Todos nós já sabemos dos problemas que têm na sociedade, mas o que eu estou fazendo, o que tu estas fazendo, os nossos erros são estes, as nossas qualidades são estas e os objetivos são estes, vamos agora trabalhar em comunhão, no cooperativismo, é isso que fez da serra gaúcha, totalmente cooperada, ser referência internacional no turismo”, observa.

Além disso, ressalta o palestrante, na serra gaúcha tem uma questão muito interessante, que está crescendo no mundo, que é a política da continuidade. “Independentemente do prefeito, secretários, seja quem for, aquilo que a comunidade decidiu vai permanecer, e o prefeito, secretários que vierem terão que acompanhar este ritmo e se superar, é assim que funciona, cidades bem organizadas tem políticas de continuidade”, enfatiza.

Sentimento de pertencimento

Ele destaca que no turismo tem que haver o principal é ter sentimento de pertencimento. “Não vai adiantar nada gastar milhões de reais em investimentos se a comunidade não tem o sentimento de pertencimento, amar a sua cidade, gostar dela, dizer que ela é fantástica, defender e cuidar de onde se mora”, afirma.

Ângelo comenta que não é obrigação da prefeitura corrigir o erro de português na vitrine da loja. “Isso é obrigação do empresário. A obrigação da prefeitura é dar logística, mobilidade urbana, segurança, saúde. Quem sabe ganhar dinheiro é o empresário, e, por isso, é preciso unir os três pilares para a sociedade dar certo: Poder Público, comunidade e iniciativa privada. Esta é a construção de uma sociedade, tem que trabalhar em comunhão e integrando estes três pilares”, enfatiza.

Por Assessoria de Comunicação
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