Transbrasiliana: Prefeito Polis Exige Ação e Recursos, “Chega de Audiências”

Em um tom de cobrança e impaciência, o Prefeito de Erechim, Paulo Polis, dirigiu-se aos deputados federais e à bancada gaúcha, no programa Café com o Prefeito da Rádio Cultura, na manhã desta sexta-feira (25), exigindo que a pavimentação da Transbrasiliana, trecho entre Erechim e Passo Fundo, seja efetivamente contemplada com recursos no orçamento da União para o próximo ano, e não mais com “audiências públicas” que, segundo ele, neste momento, não resultam em verba.

Polis reafirmou que o licenciamento provisório por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) já foi concedido, eliminando um dos principais entraves burocráticos. “O licenciamento provisório já foi dado e não seria esse o empecilho”, afirmou o prefeito, destacando que o projeto executivo da obra também está liberado e apto para ser inserido na Lei Orçamentária da União.

O desafio agora, segundo o gestor municipal, é puramente político: garantir que os mais de R$ 580 milhões necessários para a obra sejam alocados. “O que precisa nesse momento é força política para encaixar toda essa documentação no orçamento”, enfatizou Polis, lembrando que o valor de investimento para os 80 quilômetros da rodovia é significativo, girando em torno de R$ 6 a 7 milhões por quilômetro, devido às diversas intervenções necessárias, como pontes e melhorias pontuais, entradas e saídas.

O prefeito expressou sua frustração com a repetição de encontros e discussões sem resultados práticos. “Eu mesmo fui mais de 4 vezes a Brasília para tratar sobre esse tema. Participamos com a presença de lideranças, prefeitos, deputados, senadores, de diversas audiências, fizemos muitas intervenções no sentido de buscar a realização dessa obra”, relatou.

Em um recado direto aos parlamentares, Polis criticou a prática de “vender terreno na Lua” para a população, especialmente em um período pré-eleitoral, onde as promessas se multiplicam. Ele citou o exemplo da estrada entre Marcelino Ramos e Maximiliano de Almeida, que recebeu recursos de bancada para iniciar a obra, como modelo a ser seguido. “Agora não adianta vir aqui dizer que vamos fazer audiência pública… agora é hora de efetivar o recurso”, declarou, cobrando que os deputados realmente “coloquem recurso lá dentro” do orçamento.

Para Polis, a questão não é mais de “força política”, mas sim de “vontade política”. Ele salientou que a Transbrasiliana é uma obra “inacabada dos anos 70”, cuja necessidade é evidente. Em uma analogia pitoresca, Polis disse: “Até os quero-quero do Colosso da Lagoa sabem disso”.  “Todo mundo sabe que precisamos dessa obra”. Concluiu.

O prefeito de Erechim encerrou sua fala reforçando a importância de ter representantes da região em Brasília que compreendam as prioridades locais e tenham a capacidade de lutar por elas, especialmente diante da possibilidade de concessões de outros trechos rodoviários na mesma área, o que poderia inviabilizar a simultaneidade de projetos de grande porte.

Por: Edson Machado da Silva

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