Técnicos e pesquisadores orientam silagem de qualidade em Tarde de Campo

O tema Silagem de Qualidade foi o foco da Tarde de Campo em Ipiranga do Sul, na terça-feira (24/04), sediada na propriedade da família Maresco, na comunidade de Siqueira Campos. A atividade foi promovida pela Prefeitura de Ipiranga do Sul, através da Secretaria da Agricultura, e Emater/RS-Ascar, e integra a programação festiva do 30º aniversário do município.

A abertura da programação aconteceu no salão da comunidade com a presença do prefeito Mario Luiz Ceron, do gerente regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Gilberto Tonello, do casal Inês e Moacir Maresco e do filho Alex, além de lideranças e de representantes de empresas e cooperativas.

A produção, a qualidade nutricional e a armazenagem nortearam as orientações nas três estações. Em uma das estações, a ênfase foi para o tema dimensionamento de silos, com o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Valmir Dartora. Ele sugeriu especificidades (boca do silo) na armazenagem da silagem para manter a qualidade nutricional, bem como a quantidade de retirada certa do produto para que não ocorra fermentação, fungos e bolor. Também destacou cuidados com a preparação do solo para o cultivo do milho destinado à silagem, correção do solo, plantio na época adequada, entre outras práticas.

O técnico Derli Dalastra chamou atenção para os aspectos de uma silagem com qualidade, entre eles a escolha da espécie do milho, do sorgo, da aveia, de um bom cultivo, da época de plantio, adubação, espaçamento, do corte na ponta certa. Também destacou a importância de ensilar bem o material, observando a compactação, vedação e abaulamento da silagem. Segundo Dalastra, de 15% a 20% da silagem é perdida devido a má armazenagem, umidade, entre outros fatores de manuseio.

Em outra estação, o pesquisador da Embrapa Trigo, Renato Fontaneli, e a pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo, Jane Machado, orientaram sobre características do híbrido para produção de silagem com maior eficiência na alimentação dos bovinos. Renato e Jane enfatizaram a importância da escolha do cultivar, da utilização de sementes de boa qualidade e certificada e escolha da área. “Hoje já temos cultivares específicas para produção de silagem. O produtor tem que avaliar qual a melhor opção”, garantiu Fontaneli. O pesquisador destacou que a atividade é rentável e que o produtor precisa fazer “gestão”. Também ressaltou que com a escolha do material adequado, aliada ao manejo correto, o produtor poderá ter alimento com qualidade durante todo verão e nos demais meses do ano.

Jane Machado também citou outros benefícios do uso de silagens, como a manutenção de um número maior de animais por área, a manutenção ou maximização da produção, principalmente durante os períodos de escassez de alimentos, entre outros. A silagem não é fonte principal de proteínas, minerais e gorduras, mas de fibras, carboidratos, amido e açúcares. Jane observou

ainda que os híbridos mais específicos para a silagem são selecionados pela digestibilidade das fibras, menor teor de fibra em detergente neutro e do amido dos grãos, além de quantidade e textura de grãos. Segundo ela, outra opção para o produtor é o milheto, que é uma excelente fonte de proteína.

A atividade contou com apoio do Sicredi, das agropecuárias Pereti, Baruffi, Agro Fortez, Paludo, Futura, Olfar, Banco do Brasil e Cresol.

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