No primeiro trimestre deste ano, a taxa composta de subutilização da força de trabalho no Rio Grande do Sul chegou a 11,5%, o menor patamar para o período da série histórica, iniciada em 2012. Esse indicador demonstra o percentual da população com 14 anos ou mais que estava desempregada, em busca de emprego ou trabalhando menos do que 40 horas semanais no Estado.
A taxa significa que 743 mil pessoas se encontravam nessa situação entre janeiro e março deste ano. No primeiro trimestre de 2022, a taxa estava em 16%, representando 1,036 milhão de pessoas.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho é obtida pela taxa de desemprego ou desocupação, tradicional indicador estatístico, somada à subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e à força de trabalho potencial. O indicador ajuda a fornecer uma perspectiva mais ampla sobre o mercado de trabalho em relação à oferta e demanda e à situação econômica do Estado. Entre janeiro e março de 2023, no Brasil, a taxa era de 18,9%.
Os dados constam no Boletim de Trabalho, divulgado nesta terça-feira (27) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. O documento foi elaborado pelos pesquisadores Guilherme Xavier Sobrinho e Raul Bastos.
Aspectos básicos do mercado de trabalho
Estabilidade e alinhamento com os números do País marcaram os indicadores do primeiro trimestre no mercado de trabalho gaúcho. A taxa de desemprego ou desocupação foi de 5,4% no RS, o que representa uma alta em relação ao quarto trimestre de 2022 (4,6%) e uma queda em comparação ao mesmo período do ano anterior (7,5%).
A Taxa de Participação na Força de Trabalho, indicador da porcentagem de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais) que estão empregadas ou em busca de trabalho, chegou a 65,9% entre janeiro e março deste ano, enquanto, no primeiro trimestre de 2022, estava em 65,%. O Nível de Ocupação, percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar, foi de 62,3% no Estado – número superior aos 60,2% do mesmo período de 2022 e ao registrado no País (56,1%).
A Taxa de Informalidade no RS no primeiro trimestre ficou em 32%, contra o índice de 39% registrado no País. O rendimento médio real dos ocupados no mercado de trabalho no Rio Grande do Sul ficou em R$ 3.167, enquanto no mesmo período do ano anterior estava em R$ 2.988.
Mercado formal
Os dados referentes ao período entre abril de 2022 e abril de 2023 mostram que o mercado formal de trabalho gaúcho registrou uma expansão de 3,5%, o que resultou em 91 mil novos vínculos de trabalho. Entre os cinco principais ramos de atividades, o destaque foi para a expansão registrada no setor de serviços (4,1%) e construção (4,0%). A indústria obteve a alta mais tímida (2,2%).
O saldo de 91 mil vínculos de trabalho foi distribuído de forma paritária entre os sexos (50,1% para homens e 49,9% para mulheres), e os jovens com até 25 anos concentraram 92,4% do total das vagas geradas. Em termos de escolaridade, 70,2% das pessoas tinham ensino médio completo.
O salário médio de admissão no Estado, em abril, chegou a R$ 2.004,9, um crescimento de 1,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado.