Tarde de novena de Fátima recorda: sem direito e justiça, não há segurança

No dia da novena permanente no Santuário Diocesano de Fátima, nesta quarta-feira à tarde, os devotos de Maria, no contexto do Ano Nacional do Laicato, rezaram com “os cristãos leigos e leigas servidores da segurança pública”. Pe. Anderson, com o diácono Edegar Passaglia e Almeri Bornelli e equipe da Paróquia São Cristóvão, de Erexim, da qual é pároco, presidiu o terço e a missa, concelebrada pelo Pe. Valter Girelli.

Sete grupos de idosos participaram da celebração, relacionados pelo Pe. Valter, reitor do Santuário e do Seminário de Fátima – um de Jacutinga, dois de Paulo Bento, um de Erval Grande, um de Vila Hortênsia-Áurea, dois de Erexim-dos Bairros São Vicente de Paulo e São Cristóvão.

Pe. Anderson, na homilia, a partir dos textos bíblicos da missa, ressaltou que é desejo de Deus a vida e a paz para todos os seus filhos e filhas e que todos eles sejam defensores e promotores de seus dois dons. Segundo o profeta Isaías, há uma dupla condição para se ter a paz: o direito e a justiça. Mas, observou o padre, em nossa sociedade atualmente há a negação da justiça, a negação do direito, discursos inflamados que excluem parte da humanidade, que desprezam grupos sociais, que incitam o ódio, a violência, o desprezo, o preconceito, que tornam áridas as relações humanas. Referindo-se ao evangelho que narrava a defesa de São José ao Menino Jesus, levando para fora do seu país para protegê-lo das ameaças de Herodes, Pe. Anderson falou da paz, citando texto do Papa Paulo VI e o Documento de Medellín. Paulo VI, que será declarado santo pelo Papa Francisco no próximo domingo, em Roma, enfatizou que o desenvolvimento é o novo nome da paz. Segundo o Documento de Medellín, a paz é obra da justiça, tarefa permanente, fruto do amor. Na conclusão de sua reflexão, Pe. Anderson

Insistiu na necessidade recolocar Deus no centro de nossa vida, de nossa história, de nossas relações humanas e sociais. Há algum tempo, estão sendo tirados os símbolos religiosos dos espaços públicos, tiramos até das salas de nossas casas, reza-se menos, participa-se menos da missa… Entretanto, as pessoas não se tornaram melhores, ao contrário! E advertiu: onde se rejeita a paz, rejeita-se o próprio Senhor. O inverso também é verdadeiro: onde se rejeita o Senhor, rejeita-se a paz que só Ele pode dar!

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