“Super quarta prevê aumento de 0,5 ponto percentual da taxa Selic”, diz Tulio Lichtenstein

A chamada “super quarta” promete movimentar o mercado financeiro. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, aqui no Brasil, e o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), nos Estados Unidos, terão reuniões hoje e, este foi um dos principais assuntos do TL News desta quarta-feira (15), com o empresário e diretor da Express Soluções Financeiras, Tulio Lichtenstein.

“Hoje estarão reunidos para decidir o futuro do nosso país com relação as taxas. Temos uma taxa Selic de 12,75% e se prevê um aumento de 0,5 ponto percentual. Esperava-se aumentos maiores, chegar no final do ano de 2022 com 14% ou 14,25%. Em agosto, tem previsão de mais um aumento de 0,50% e aí, acredita-se que se manterão assim as taxas de juros do mercado”, disse Lichtenstein.

Taxa Selic

O empresário também trouxe um histórico de como vem se comportando a taxa Selic no Brasil. “No ano de 2000, a taxa Selic no Brasil era de 45% ao ano, em 2005, caiu para 26,5%, 2010 era de 12,75%. Atualmente, temos a mesma taxa de juros de 12 anos atrás, 12,75%. Já em 2015 era 14,25% e 2020/2021 quando iniciou todo processo pandemia, a taxa de juros chegou a 2%, 2,5%, o menor índice histórico. Veja como a economia é instável, deixando os empresários e pessoa física sempre atentos”.

Semana turbulenta

A semana tem sido turbulenta economicamente, no TL News, Lichtenstein explicou todas as movimentações que tem ocorrido. “Estamos passando por uma decisão de juros no Brasil, decisão de juros no Fed, tivemos uma forte queda do índice Bovespa, disparada extraordinária do dólar chegando nos R$ 5,15, dólar turismo R$5,45, privatização da Eletrobras e também, aprovação do projeto no Senado sobre o ICMS dos combustíveis e energia elétrica. Tudo isso que está acontecendo no mundo e Brasil, reflete na nossa economia”.

Aperto monetário

Muito se fala do frequente aumento dos juros e junto a este assunto vem o aperto monetário, uma ação dos bancos centrais para tentar desacelerar a economia. “Hoje, a principal ferramenta que os bancos centrais utilizam para conter a inflação é subindo juros, mas em contramão vem o aperto monetário para desacelerar economia, estabilizar os preços e manter a taxa de juro básica ideal para o tomador de crédito e investidor”.

Pesquisa Serasa

Como já é costumeiro, Tulio Lichtenstein, sempre apresenta dados dos mais diferentes assuntos do cenário econômico. Nesta quarta-feira, trouxe informações de uma pesquisa realizada pelo Serasa que “no mês de abril e maio, foram os meses que as famílias mais pediram crédito. O principal fator não é investimento, mas o contrário, os maiores motivos da pessoa física é o pagamento de dívidas. Aquele velho círculo, pegando novos recursos e fazendo novas dívidas para pagar dívidas antigas. A procura de crédito da pessoa física cresceu 14, 9% e na pessoa jurídica, reduziu em quase 3%”, finalizou.

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