Sondagem Industrial do Sistema FIERGS aponta queda na produção e alta nos estoques

Índice de intenção de investir segue em alta e acima da média histórica.

A Sondagem Industrial do RS, pesquisa mensal desenvolvida pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) do Sistema FIERGS e divulgada nesta quinta-feira (29), aponta que os estoques das indústrias gaúchas cresceram, mesmo com a queda na produção em abril, na comparação com o mês anterior. Os índices que medem a evolução mensal e o nível planejado dos estoques ficaram em 52,7 e 51,5 pontos, respectivamente. Já o índice de produção caiu para 47,2 pontos, segunda queda nos últimos cinco meses. No caso dos estoques, a pontuação acima dos 50 pontos indica alta ou acima do planejado. Para a produção, valores acima de 50 indicam aumento frente ao mês anterior e valores abaixo de 50 indicam queda.
O presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, afirma que o aumento dos estoques e a queda de produção podem representar um arrefecimento na atividade industrial, mas que os empresários gaúchos são resilientes. “Mesmo com as dificuldades atuais, os industriais mostram disposição para investir”, considera o presidente da entidade, que representa 52 mil indústrias no estado. Bier destaca ainda que fortalecer a indústria é essencial para impulsionar empregos e gerar desenvolvimento.
O índice de intenção de investir, segundo a pesquisa, aumentou de 53,9 para 56,3 no período, ficando bem acima da média histórica de 51,8 pontos. Em maio, 61,4% das empresas tinham intenção de investir nos próximos seis meses.
Somada aos fatores de crescimento de estoques e de queda na produção, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 70%, o que é considerado pelos entrevistados como “bem abaixo do normal” para o período. O índice da UCI em relação ao usual registrou 43,3 pontos, o menor patamar desde dezembro de 2023.
O emprego também caiu em abril, interrompendo uma sequência positiva de três meses. O índice marcou 49,2 pontos. Apesar disso, a queda no emprego foi menos intensa do que a esperada, dada a média histórica de 47,8 pontos para abril.
Já os índices de expectativa de maio, exceto o de emprego, caíram em abril, ainda que tenham se mantido acima ou próximo dos 50 pontos, o que aponta otimismo. São eles: demanda (-1,7 ponto, para 52), exportações (-1,1, para 50,4), compras de matérias-primas (-1,7, para 51,1) e emprego (+0,2, para 50,4).
A pesquisa foi realizada com 158 empresas, sendo 37 pequenas, 54 médias e 67 grandes, entre os dias 5 e 14 de maio.
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