Sólida, Triel-HT projeta investimentos nos próximos dois anos

Os últimos anos têm sido de muitas dificuldades para a maioria das empresas do país. Atravessar a crise sem demitir funcionários e manter a empresa sólida é o sonho de muitos empresários, porém, poucos conseguem atingir tais objetivos. Em Erechim, uma das empresas que está atravessando a crise de forma precisa e com perspectivas de investimentos e geração de novos postos de trabalho, é a Triel-HT.

Na última semana visitei a empresa e conversei longamente com o empresário e diretor, Airton Dalla Rosa, que mostrou detalhadamente cada uma das unidades fabris do Grupo Triel-HT, que está localizado na ERS 135, antiga Lagoa da Fantasia. Além de falar do mercado e dos investimentos que o grupo deverá realizar nos próximos anos, fomos convidados para saborear um delicioso almoço no refeitório da empresa. Diga-se de passagem, um belo refeitório, que conta com uma ampla área de lazer para que os funcionários possam desfrutar.

 

Funcionário e Empresa

Na chegada para o almoço, me chamou atenção a presença de uma senhora sorridente e feliz com a nossa presença. A alegria daquela mulher ao ver o seu filho Airton era contagiante. Após, ele fez questão de nos apresentá-la e lembrar que as letras HT anexadas ao nome Triel, são uma alusão ao nome de seu pai e mãe: Honorato e Tereza. O almoço dos empresários e funcionários mostra o quão forte é a relação entre ambos e a valorização do trabalhador.

 

Parque Fabril

O Grupo Triel-HT atua em cinco segmentos: logística agroindustrial, viaturas especiais, implementos rodoviários, tanques e usinagem de precisão. Líder de vendas na maioria dos seus segmentos de atuação, a empresa conta com aproximadamente 400 funcionários. Neste momento, o grupo está com a maior parte de sua produção situada na ERS 135, mas ainda conta com duas linhas de produção localizadas no Distrito Industrial. Conforme destacou Dalla Rosa, o projeto da empresa nos próximos dois anos é centralizar o grupo às margens da rodovia, inclusive o setor administrativo.

 

Mercados

Hoje, 80% da produção da empresa é vendido para o mercado interno e 20% segue para o mercado externo. Parte das exportações da Triel HT acontece para América do Sul. Os países responsáveis por adquirir a maioria dos produtos produzidos pela empresa erechinense são Chile, Peru, Uruguai, Bolívia, Colômbia, Equador e Paraguai. A mesma também é responsável pela produção de alguns dos equipamentos mais modernos no mundo, como é o caso das viaturas especiais, equipamentos para a logística Agroindustrial, implementos rodoviários e mais recentemente no setor de tanques rodoviários.

 

A crise    

A crise econômica que atingiu o país afetou também a empresa, que brecou alguns de seus investimentos nos últimos três anos, mas nem por isso deixou de apostar na tecnologia de seus produtos. A produção de viaturas especiais, por exemplo, chegoava a 14, 15 veículos ao mês, mas com a recessão econômica este número caiu para oito. Este foi o setor da empresa que mais sofreu com a crise. Segundo Airton, as perspectivas para 2018 são de que este segmento possa voltar a crescer. Com as concessões de aeroportos à iniciativa privada, boa parte das novas administradoras, deverão investir na renovação de suas frotas. A Triel-HT possuiu as viaturas aeroportuárias e caminhões de bombeiros mais modernos do Brasil, sendo que alguns dos componentes e equipamentos utilizados nestes caminhões são oriundos de vários países do mundo.

 

Tanques

A linha de tanques foi o mais recente produto lançado pela Triel. Com pouco mais de dois anos atuando na produção de semirreboques (bitrenzão) e bitrens de alumínio, inox e aço, a empresa já produz cerca de oito equipamentos ao mês. Em razão da boa recepção no mercado, já está ampliando seu parque fabril para poder produzir aproximadamente 12 unidades ao mês.

 

Investimentos

Os investimentos do grupo na expansão do seu parque fabril iniciaram com a ampliação do setor de tanques e deverá se estender pelos próximos dois anos, quando a Triel investirá aproximadamente R$ 12 milhões para centralizar a estrutura da empresa e ampliação de algumas linhas de produção. O sorriso e o olhar sereno do diretor Airton Dalla Rosa, não esconde as boas perspectivas de mercado para os próximos anos.

 

Desafios

Quando o assunto é os desafios que os empresários enfrentam no dia-a-dia, Dalla Rosa ressalta “que hoje ser empresário no Brasil é um desafio muito grande. Temos uma das maiores cargas tributárias do mundo, burocracia excessiva, além de perseguições por parte dos órgãos governamentais fiscalizadores, restrição de crédito junto aos bancos e, falta de investimentos por parte do governo em infraestrutura geral no país. Infelizmente não sei até quando as empresas irão resistir”, finalizou.

 

Por Fabio Lazzarotto

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