Sindicomerciários manifesta contrariedade ao Horário Livre do comércio em 2024

"Horário Livre poderá beneficiar grandes redes e não empresários e trabalhadores de Erechim"

Recentemente o Sindilojas de Erechim e Região publicou nota para toda a imprensa indicando a abertura livre do comércio em 2024. A notícia divulgada está fora de contexto e mal explicada, o que recomenda alguns esclarecimentos.

Há muitos anos o Sindicomerciários vem negociando com o Sindilojas e defendendo os comerciários de Erechim, Getúlio Vargas, Estação, Erebango e Ipiranga do Sul, quanto aos horários do comércio, estabelecendo um calendário anual, inclusive para as datas festivas de final de ano. Atendendo de uma forma organizada o interesse da população e das entidades sindicais representativas de nosso comércio.

O objetivo das convenções coletivas é a regulamentação de direitos, salários e condições de trabalho dos integrantes da categoria, em determinados horários no ano, garantindo desta forma aos trabalhadores o lazer, convívio social e familiar, fora do ambiente laboral.

As convenções de horários firmados todos os anos entre o Sindicomerciários e o Sindilojas representam um contraponto e uma resistência a Lei Municipal aprovada no ano de 2018, de autoria dos vereadores Claudemir de Araújo (PTB) e Mario Rossi (MDB), na época de instalação das Lojas Havan em Erechim. Sem este acordo, o horário do comércio municipal seria livre, ou seja, com possibilidade de aberturas em sábados e domingos, até as 22:00 horas.

Ocorre que o Sindilojas, de maneira UNILATERAl, comunicou ao Sindicato dos Comerciários que “NÃO IRA ASSINAR ACORDOS DE HORÁRIOS EM 2023”, além disso, de maneira precipitada, o também foi comunicado a imprensa local que, em 2024, o horário do comércio “será livre”, sem nenhum tipo de abertura para negociação ou diálogo, entre as partes.

Esta posição do Sindilojas em não mais negociar com o Sindicomerciários surpreende a todos, pois sempre houve um entendimento de ambas entidades. O sindicato dos comerciários de Erechim é totalmente contrário a esta decisão da direção do Sindilojas e ao “horário livre” do comércio, conforme esclarecimento de seu Presidente Dilson José Wosniak, “o desejo de lucro por parte dos empresários locais não pode se sobrepor ao direito de descanso e convívio familiar dos comerciários. Também entendo que esta posição trás uma desvalorização para as empresas pequenas de nosso comércio e uma bagunça geral na desorganização de horários, que beneficiará diretamente as grandes redes e não as empresas locais, que possuem pouca estrutura e trabalhadores”.

No inicio de 2024, a direção do Sindicomerciários se reunirá para discutir os encaminhamentos que serão tomados, inclusive por meio de ASSEMBLEIA GERAL, não se descartando uma paralisação da categoria ou GREVE GERAL, em protesto a esta decisão.

Por assessoria Sindicomerciários

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