O BC (Banco Central) do Brasil informou nesta sexta-feira (31) que o setor público registrou déficit primário de R$ 26,5 bilhões em fevereiro, ante saldo positivo de R$ 3,5 bilhões no mesmo mês de 2022.
O resultado considera as contas do governo federal, dos Estados, dos municípios e das empresas estatais. Nos últimos 12 meses, até fevereiro, o resultado acumulado gerou superávit de R$93,2 bilhões – 0,93% do PIB (Produto Interno Bruto).
Na prática, esse dado reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública. O rombo de fevereiro é o pior resultado desde agosto de 2022, que registrou déficit de R$ 30,2 bilhões. Além disso, contrasta com o superávit primário de R$ 99 bilhões em janeiro deste ano.
Nesta sexta-feira, o BC também divulgou os dados da dívida bruta do País, que fechou o segundo mês do ano representando 73% do PIB: R$ 7,4 trilhões. O resultado de fevereiro teve aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior. O BC avalia o endividamento do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais.
Essa é a primeira elevação desde outubro de 2021, quando a dívida pública estava em 80,35% na proporção do PIB. Até então, esse patamar estava seguindo uma trajetória de queda residual após o endividamento passar de 80% em meados de 2020.
Contudo, esse patamar é o melhor para os meses de fevereiro desde 2017, quando a dívida estava em 70,39%.