Será que Schmidt aceitará ser traído duas vezes pela Corsan?

Durante o pronunciamento da assinatura do contrato do asfaltamento das ruas de nossa cidade, em dezembro de 2018, o prefeito Schmidt deu a entender que estaria disposto a assinar o contrato com a Corsan, desde que a empresa pague os R$ 30 milhões pelas obras não realizadas na cidade. O meu questionamento vai muito além deste valor que a Corsan tem a pagar pelas obras não concluídas nos últimos 20 anos. Com todo respeito que tenho com os envolvidos, R$ 30 milhões é uma bagatela para um contrato de 30 anos ou 360 meses.

O prefeito Luiz Francisco Schmidt faz questão de destacar nos seus pronunciamentos a respeito da “novela” Corsan, que a estatal não cumpriu o contrato na sua primeira administração, nos dois mandatos de Elói Zanella, nos oito anos de mandato de Paulo Polis e já se passaram dois anos do atual governo sem uma solução para este caso. Será que desta vez a estatal vai cumprir um novo contrato? Schmidt aceitaria R$ 30 milhões, mesmo que isso fosse sacrificar sua população pelos próximos 30 anos?

O novo contrato com a companhia é de 30 anos, com previsão de um investimento de aproximadamente R$ 350 milhões.  Enquanto que neste período o faturamento da Corsan será de aproximadamente R$ 2,3 bilhões, sem a correção das taxas. O prefeito Schmidt aceitaria receber apenas 1,30% pelas obras não realizadas em nossa cidade e nos próximos 30 anos seria uma benesse da comunidade erechinense?

Algumas pessoas podem questionar que neste período a companhia realizou a transposição do Rio Cravo, porém a verba para essa obra veio através de recurso que o ex-prefeito Polis conseguiu dentro do Programa de Aceleração do Crescimento. Pensando mais além, de onde viriam os R$ 30 milhões já que a Corsan não tem capacidade de investimento? E os 350 milhões de investimentos nos primeiros seis anos de contrato? Seria uma nova tentativa de utilizar ou, tentar utilizar, os quase R$ 40 milhões do fundo que já é da comunidade erechinense? No final da administração Polis, já tentaram tirar esse valor para pagar os salários e, o município teve que entrar na justiça para que os valores do fundo fossem devolvidos.

Sem contar que a Corsan está cobrando a taxa de água mais cara do Brasil. Com certeza Schmidt não vai querer entrar na história da terra dos botas amarelas, como o prefeito que foi traído duas vezes por uma companhia, chamada Corsan.

Por Egidio Lazzarotto

 

 

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