RGE regularizou quase 25 mil fraudes na área de concessão em 2021

As inspeções contra fraudes e furtos de energia, realizadas pela RGE em 2021, resultaram em 154,7 GWh de energia recuperada, o que abasteceria cerca de 70 mil residências, por um ano. Ao todo, a distribuidora realizou 124,1 mil inspeções em 375 municípios da área de concessão, que identificaram 9.1 mil furtos de energia, popularmente conhecidos como “gatos”. Entre as cidades com mais casos estão Canoas, com 1.066, São Leopoldo, que teve 917 casos, e Caxias, com 824 ligações clandestinas desfeitas. Os números de 2021 mostram que, na comparação com 2020, a RGE aumentou o número geral de fraudes regularizadas, passando de 21.584, para 24.774.

Isso é fruto de investimentos combinados em inteligência, tecnologia, inspeções rotineiras das equipes e também de denúncias que chegam à distribuidora.”Infelizmente, a cada ano, vemos que a prática das ligações irregulares de energia continua. Nosso papel, como distribuidora, é realizar as inspeções para combater essa prática. O uso de tecnologia de ponta tem nos permitido aumentar as constatações de irregularidade em determinados clientes, o que nos alerta sobre a prática do gato. Assim, as inspeções são cada vez mais efetivas”, comenta Victor Rios Silva, Gerente de Recuperação de Energia da CPFL.

Importância das inspeções. As distribuidoras do Grupo CPFL realizam inspeções para combater fraudes e furtos de energia de maneira contínua. Diversas ações são realizadas, inclusive, em parceria com a Polícia Civil. Há duas razões centrais para essas operações: a segurança e a justiça com os demais clientes. Ao fazer um gato na rede elétrica, o cidadão coloca em risco não somente a si mesmo e a sua residência ou comércio, mas toda a vizinhança e o sistema elétrico.

A rede de energia segue padrões e normas de segurança para a sua construção e manutenção, incluindo as novas ligações de energia. Por isso, somente técnicos da distribuidora podem atuar na rede.Já a justiça se faz porque a energia furtada compõe parte da tarifa de energia elétrica. Ou seja, os clientes regulares, que pagam suas contas em dia, acabam também arcando com o custo de parte da energia que é furtada. Outra parte é assumida pela distribuidora.

“O furto de energia traz perdas comerciais para todos: clientes regulares, poder público e distribuidora de energia. Além da questão financeira, as ligações clandestinas geram instabilidade ao sistema elétrico, podendo levar a desligamentos e problemas em equipamentos, como transformadores. Por isso, incentivamos as denúncias anônimas dos clientes que sabem ou desconfiam de ligações irregulares”, comenta o Victor Rios Silva, Gerente de Recuperação de Energia da CPFL.

Confira, abaixo, o ranking das 10 cidades com maior número de fraudes das cidades da RGE:

Cidade

Inspeções

Fraudes

Energia recuperada em GWh

Canoas

8.502

1.066

13,1

São Leopoldo

6.343

917

11,1

Caxias do Sul

7.115

824

9,1

Gravataí

7.179

696

7,3

Novo Hamburgo

4.908

591

7,2

Sapucaia do Sul

3617

532

5,9

Santa Maria

3773

440

4,6

Cachoeirinha

3.563

307

3,5

Uruguaiana

2.060

227

2.8

Esteio

1.804

204

2,8

Fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal. As penas podem chegar a até quatro anos de prisão. Além disso, a pessoa que for flagrada cometendo a irregularidade, terá cobrados os valores retroativos referentes ao período em que deixou de pagar pelo fornecimento. Vale destacar também que a ligação clandestina é considerada furto de energia.

As irregularidades também deixam a conta de luz mais cara para todos os consumidores, já que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reconhece a ação como uma “perda comercial”, e este valor “perdido” é rateado entre todos os consumidores da distribuidora . Outra consequência das fraudes e furtos é a piora na qualidade do serviço de distribuição de energia, uma vez que as ligações clandestinas sobrecarregam as redes da distribuidora de energia.

Clientes da RGE podem contribuir de forma sigilosa, para o combate às irregularidades por meio dos canais disponibilizados pela concessionária. Denúncias podem ser realizadas pelo aplicativo “CPFL Energia”, disponível para todas as plataformas de dispositivos móveis, pelo site www.cpfl.com.br/fraude, ou pelo e-mail denunciafraude@cpfl.com.br

Morro Reuter. No dia 02 de Fevereiro de 2022, a RGE realizou operação de fraudes e furtos de energia em Morro Reuter, servindo de apoio técnico para trabalho investigativo da Polícia Civil. Na localidade foi encontrada usina clandestina de mineração de criptomoedas, que funcionava 24 horas por dia, 7 dias por semana. Para o funcionamento da estrutura de mineração, que contava com mais 100 computadores em funcionamento, foi instalado de forma clandestina um transformador de energia de 300kVA, ligado direto na rede da concessionária. Além do risco eminente de choque elétrico para a população, considerando a grande carga exigida para esta atividade, o consumo ilegal da energia causava danos a qualidade de energia (nível de tensão) para os moradores da localidade.

Como funcionam as inspeções. A maioria das inspeções realizadas pela RGE parte de um levantamento prévio, feito por sistemas tecnológicos e que usam inteligência artificial. Através de dados de consumo, a distribuidora consegue mapear clientes que tiveram oscilações incomuns na quantidade de energia consumida. Com este levantamento e cruzamento de dados, as inspeções em campo se tornam cada vez mais assertivas.

Sobre a RGE – Responsável por distribuir 65% da energia elétrica consumida no Rio Grande do Sul e atender 3 milhões de clientes em 381 municípios gaúchos, a RGE é hoje a maior distribuidora da CPFL Energia em extensão territorial e número de cidades atendidas. A área de concessão da companhia, que é resultado do agrupamento das distribuidoras RGE e RGE Sul, realizado em janeiro de 2019, totaliza 189 mil km² de extensão, abrangendo as áreas urbanas e rurais das regiões Metropolitana, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do estado.

Os investimentos realizados pela RGE contribuem para o desenvolvimento socioeconômico de locais de fundamental importância para a economia do estado, que vão desde fortes polos turísticos, agrícolas e pecuários, até grandes centros industriais e comerciais, trazendo mais bem-estar, conforto e infraestrutura para a vida de 7,4 milhões de gaúchos.

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